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Liga Árabe pede "medidas urgentes" para evitar "derramamento de sangue" na Síria

Do UOL Notícias

Em São Paulo

16/11/2011 13h40

O secretário geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, declarou em um encontro nesta quarta-feira, no Marrocos, que os países do grupo precisam fazer o possível para "evitar o derramamento de sangue" na Síria.
 
 
"Temos que fazer o possível para deter o derramamento de sangue que continua na Síria", declarou ele em Rabat. Nabil al Arabi disse que espera "êxito dos esforços" árabes para enviar à Síria observadores para garantir a proteção da população civil.
 
Durante o encontro, onde a suspensão da Síria do bloco será confirmada, Turquia e a Liga Árabe se declararam contra qualquer intervenção estrangeira na Síria, mas pediram a adoção de "medidas urgentes para proteger os civis" da repressão do regime do presidente Bashar al Assad.
 
O conflito já provocou a morte de mais de 3.500 pessoas desde meados de março, segundo a ONU.
 
A Liga concordou em enviar 500 membros das organizações árabes dos direitos Humanos, imprensa e observadores militares para a Síria, informou um responsável da entidade.
 
Contudo, de acordo com Al Arabi, os observadores não irão para a Síria até que um protocolo de entendimento com Damasco seja firmado.
 
"Nenhum membro da delegação das organizações árabes encarregadas da proteção dos civis partirá à Síria até a assinatura do protocolo, que deverá definir claramente os deveres e direitos de cada parte".
 
Damasco pediu no domingo que os países árabes enviem ministros à Síria para avaliar a situação e supervisionar a aplicação do plano árabe para resolver a crise. O país cogitou a ideia de receber uma delegação de "observadores, especialistas civis e militares e da imprensa árabe".
 
O envio de observadores será um dos temas abordados na reunião da Liga Árabe nesta quarta-feira durante a tarde em Rabat.
 
A Síria também pediu a realização de uma reunião árabe sobre a crise, mas as monarquias do Golfo se opuseram.
 

Oposição lança ataque contra governo

 
Desertores do Exército do país atacaram uma grande base militar perto da capital, Damasco, nesta quarta-feira, de acordo com informações de grupos de oposição.
 
Partes do famoso prédio do Serviço Secreto da Força Aérea síria em Harasta teriam sido destruídas. Não há informações de feridos.
 
O Conselho Nacional Sírio, uma coalizão de grupos de oposição com base na Turquia, afirmou que o ataque contra o prédio foi realizado pelo Exército da Síria Livre.
 
Um ataque como este é importante pois o Serviço Secreto da Força Aérea da Síria é uma das agências do Estado mais temidas do país, envolvida com a repressão dos protestos contra Assad.
 
*Com informações da AFP e BBC