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Ex-diretor de comunicação de Cameron e outras sete pessoas são acusados de espionagem no caso Murdoch

Andy Coulson, ex-porta-voz do primeiro-ministro britânico e ex-editor do jornal britânico News of the World - AFP
Andy Coulson, ex-porta-voz do primeiro-ministro britânico e ex-editor do jornal britânico News of the World Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

24/07/2012 13h44

O ex-diretor de comunicações do primeiro-ministro britânico, David Cameron, Andy Coulson será acusado de envolvimento nas escutas ilegais da News Corporation, do magnata Rupert Murdoch. A informação foi divulgada pelo Ministério Público britânico, nesta terça-feira (24), em um comunicado televisivo.

Outras sete pessoas também serão cobradas pela participação no escândalo, entre elas a ex-chefe executivo da Rupert Murdoch's News International Rebekah Brooks, além dos jornalistas Stuart Kuttner, Greg Miskiw, Neville Thurlbeck, James Weatherup e Ian Edmondson.

Todos eles trabalharam no tabloide "News of the World", que foi fechado em julho de 2011 em meio à indignação pública sobre o escândalo, e são acusados de interceptar mensagens de voz de 600 supostas vítimas, entre outubro de 2000 e agosto de 2006.

O detetive particular Glenn Mulcaire, que frequentemente aparece no centro do escândalo, também está sendo processado.

Coulson saiu do "News of the World" em 2006, após um de seus repórteres ter sido considerado culpado por espionagem telefônica, mas negou qualquer envolvimento pessoal e sempre insistiu que a prática era o trabalho de um repórter desonesto.

Brooks, que já foi editora-assistente do "News of the World", antes que editar o "Sun", também negou qualquer envolvimento no escândalo, ao ser citada em um comissão parlamentar de ética da mídia.

No Reino Unido, a penalidade para a "interceptação ilegal de comunicações" é de até dois anos de prisão e multa.