Vídeo da decapitação do jornalista é autêntico, diz Casa Branca
Do UOL, em São Paulo
20/08/2014 13h22Atualizada em 22/08/2014 20h18
A Casa Branca confirmou nesta quarta-feira (20) a autenticidade do vídeo divulgado na terça-feira mostrando a execução do jornalista James Foley por militantes do Estado Islâmico (EI).
"Os serviços de inteligência analisaram o vídeo difundido recentemente que mostra os cidadãos americanos James Foley e Steven Sotloff. Chegamos à conclusão de que este vídeo é autêntico", informou Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional em um comunicado.
No Reino Unido, o premiê David Cameron suspendeu suas férias na Cornuália, após o chanceler Philip Hammond ter admitido que um britânico parece ser o responsável pela ação.
O jornalista James Foley trabalhava para a agência francesa France Presse (AFP). Ele foi visto pela última vez em 22 de novembro de 2012.
Intitulado "Uma mensagem aos Estados Unidos", o vídeo foi publicado em sites de mídia social.
Após poucos minutos da publicação, o site Youtube desabilitou o vídeo e o perfil que o publicou foi suspenso. No vídeo, o jornalista aparece no deserto de joelhos, com uma roupa laranja e com um terrorista vestido de preto colocando uma faca em seu pescoço.
Em entrevista à rádio BBC 4, Hammond afirmou que o homem visto no vídeo cometendo o assassinato "parece ser um britânico". Segundo ele, isso não seria uma surpresa, já que há um "número significativo" de britânicos lutando com o EI na Síria e no Iraque.
Para Hammond, isso mostra como o EI é uma ameaça para a segurança britânica.
"Isso é um veneno, um câncer, o que está acontecendo na Síria e no Iraque, e ameaça se espalhar para outras partes da comunidade internacional e nos afetar diretamente", disse. (Com agências internacionais)