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Posição de lótus: o misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

A estátua de Buda que contém os restos mortais de monge budista Imagem: Imagem: Divulgação/Drents Museum

Colaboração para o UOL

28/04/2024 04h00

A múmia de um monge budista foi encontrada dentro de uma estátua de Buda de mil anos. A descoberta, que ocorreu há quase dez anos, até hoje chama a atenção e é envolta em mistérios.

Tomografia revelou monge

A múmia foi descoberta em 2015, quando um comprador da estátua a levou a um especialista para restauração. Pesquisadores levaram o objeto milenar para o Centro Médico Meander, na Holanda. Lá, foi feita uma tomografia computadorizada que revelou que a estátua de 1,2 metro de altura escondia os restos mortais de um monge mumificado.

Os exames revelaram que a múmia era de um homem, com idade entre 30 e 50 anos, que foi mumificado e provavelmente mantido em um mosteiro durante 200 anos antes de ser coberto por papel machê para fazer a estátua banhada em ouro, segundo a CBS News.

Os órgãos do monge haviam sido removidos e substituídos por pedaços de papel com caracteres chineses antigos e outros materiais, de acordo com o History Channel.

A múmia estava sentada na posição de lótus, sobre panos também cobertos de inscrições chinesas. Acredita-se que ela seja do monge budista chamado Liuquan, um membro da Escola Chinesa de Meditação que teria vivido por volta do ano 1100.

Estátua de Buda passou por exames de imagem Imagem: Divulgação / Museu Drents

O monge praticou a automumificação para se preparar para a vida após a morte, segundo a CNN. O processo de automumificação envolve ser enterrado vivo dentro de uma câmara enquanto medita. Essa é uma tradição conhecida em países como Japão, China e Tailândia.

Roubo e coleção

A múmia estava exposta no Museu Drents e pertencia ao colecionador holandês Oscar van Overeem.

Os moradores da cidade chinesa de Yangchun acreditam que a estátua do Buda foi roubada do local em 1995. Já Oscar van Overeem disse que a comprou por 40 mil euros (cerca de R$ 223 mil na cotação atual) em 1996 de outro colecionador, que por sua vez a adquiriu de um amigo artista chinês no final de 1994 ou início de 1995, segundo o Daily Mail.

Em 2018, a cidade reivindicou ao colecionador a devolução da estátua. Conforme relatado pelo El País, ele argumentou que a peça não era a mesma reivindicada pelos chineses, mas pensou em colaborar para sua devolução. Depois disso, o holandês teria doado a estátua a um empresário chinês.

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