Diplomata da Coreia do Norte em Londres deserta com a família
Em Seul
17/08/2016 08h58Atualizada em 17/08/2016 09h12
A Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (17) a deserção do embaixador adjunto da Coreia do Norte no Reino Unido, que agora está em Seul com sua família. O ministério da Unificação disse que Thae Yong-Ho, número dois da missão norte-coreana em Londres, está na Coreia do Sul com sua mulher e filho.
O fato representa uma das mais importantes deserções nos últimos anos do país cada vez mais isolado.
Na terça-feira (16) o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo noticiou que um diplomata eminente desertou com sua mulher e seu filho para um "terceiro país". A rede britânica BBC identificou o desertor como o diplomata veterano Thae Yong Ho, conselheiro da embaixada norte-coreana e vice de seu embaixador.
Citando uma fonte não revelada, o JoongAng Ilbo disse que o diplomata concretizou a deserção "seguindo um plano meticuloso" e que está prestes a "pousar em um terceiro país como postulante a asilo".
A reportagem do jornal não deixou claro se o terceiro país é o Reino Unido. O termo normalmente é usado pela mídia sul-coreana para se referir a um país que não é nem a Coreia do Norte nem a Coreia do Sul.
Um funcionário da embaixada norte-coreana em Londres não quis confirmar a deserção, descrevendo os relatos do evento como "bastante repentinos".
Coreia do Norte diz ter retomado produção de plutônio
A Coreia do Norte informou ter retomado sua produção de plutônio ao reprocessar combustível nuclear utilizado e que não possui planos para interromper testes enquanto continuarem ameaças dos Estados Unidos, relatou nesta quarta-feira (17) a agência de notícias japonesa Kyodo.
Em entrevista à Kyodo, o Instituto de Energia Atômica, que possui jurisdição sobre as instalações nucleares Yongbyon, informou: "Reprocessamos combustíveis nucleares utilizados removidos de um reator moderado a grafite.
O instituto também informou que a Coreia do Norte está produzindo urânio altamente enriquecido, necessário para energia e armas nucleares, como planejado, acrescentou a agência de notícias. (Com Reuters e AFP)