Polícia prende pessoas e desfaz acampamento pró-Palestina nos EUA
Do UOL*, São Paulo
02/05/2024 09h40Atualizada em 02/05/2024 09h40
Policiais invadiram uma praça central da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), em uma ação para dispersar um acampamento de protesto pró-Palestina, na madrugada desta quinta-feira (2).
O que aconteceu
A invasão policial destruiu barricadas e resultou na prisão de pessoas. Policiais com equipamento tático entraram no campus da UCLA, adjacente a um complexo de barracas ocupado por multidões de manifestantes. Ainda não foi informado quantos foram detidos.
A polícia permaneceu por horas próximo às barracas até forçar a entrada para prender os que se recusaram a sair. A emissora de televisão local KABC-TV estimou que de 300 a 500 pessoas estavam dentro do acampamento, enquanto cerca de 2.000 outras se reuniram do lado de fora das barricadas em apoio.
Antes de entrar no local, a polícia pediu aos manifestantes que desocupassem a zona de protesto. Os agentes fizeram anúncios em alto-falantes aos protestantes, que ocupavam uma praça do tamanho de um campo de futebol entre o auditório Royce Hall, com duas torres, e a biblioteca principal da universidade.
Os manifestantes tentaram bloquear o avanço dos policiais. Eles gritavam "empurrem-nos para trás" e acendiam luzes brilhantes aos olhos da polícia. Alguns foram vistos usando capacetes, óculos de proteção e máscaras respiratórias em antecipação ao cerco.
Centenas de ativistas pró-Palestina que se reuniram do lado de fora do acampamento zombaram da polícia. Com gritos de "vergonha de vocês", eles tocavam tambores e agitando bandeiras palestinas, muitos usavam os tradicionais lenços palestinos chamados keffiyehs.
Manifestantes pró-Israel no local pediam à polícia que fechasse o acampamento. Um dia antes, um grupo favorável a Israel tentou desmontar as barreiras do acampamento montado por manifestantes pró-Palestina. A UCLA cancelou as aulas do dia após o violento confronto.
Confrontos na UCLA e em Nova York fazem parte da maior manifestação de ativismo estudantil dos EUA desde os protestos e marchas antirracismo de 2020. A polícia prendeu um total de cerca de 300 pessoas na Columbia e na City College of New York, disse o prefeito Eric Adams. Muitos dos detidos foram acusados de invasão de propriedade e de crime de dano.
* Com informações da Agência Reuters de notícias