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Família de João Pessoa tenta deixar Bariloche há cinco dias

19.jul.2017 - Alexandre Gaudêncio, a mulher Catarina e as filhas Camila e Carla, de João Pessoa (PB), tentavam há cinco dias deixar Bariloche - André Nery/UOL
19.jul.2017 - Alexandre Gaudêncio, a mulher Catarina e as filhas Camila e Carla, de João Pessoa (PB), tentavam há cinco dias deixar Bariloche Imagem: André Nery/UOL

André Nery

Colaboração para o UOL, em Bariloche

19/07/2017 21h13

Muitos brasileiros ainda tentavam deixar São Carlos de Bariloche, na Argentina, nesta quarta-feira (19) após ficarem presos na cidade por conta da nevasca que cancelou diversos voos desde a última sexta-feira.

Uma família de João Pessoa (PB) está há cinco dias tentando sair da cidade argentina.

Alexandre Gaudêncio, sua mulher, Catarina, e as filhas Camila, de 15 anos, e Carla, de 13, vieram no dia 9 de julho com um grupo de dez pessoas para Bariloche. A programação era seguir no dia 14 de julho Buenos Aires, onde passariam o restante da viagem, antes de retornarem no dia 20 de julho para o Brasil.

A família Gaudêncio, que viajou pela Latam, disse que foi obrigada a ficar cinco dias a mais em Bariloche, tendo que arcar com todas as despesas, sem nenhuma assistência da companhia aérea.

"A Latam disse que não tinha nenhuma responsabilidade. Foi o maior descaso. Nem o consulado nos ajudou", afirmou Catarina Gaudêncio.

"Fomos obrigados a dormir no aeroporto, da sexta-feira para o sábado. Nosso voo para Buenos Aires foi remarcado cinco vezes", acrescentou ela, que disse ter feito um boletim de ocorrência por conta do descaso.

Segundo seu marido, a família teve um gasto não esperado de 15 mil pesos (cerca de R$ 2.750) por dia no período extra que teve de ficar em Bariloche, sem contar os gastos com as reservas em Buenos Aires.

Nesta quarta-feira, ainda havia filas no aeroporto de Bariloche, mas, com melhora do tempo, os voos operavam sem problemas. Não havia tumulto como verificado no fim de semana.

19.jul.2017 - Aeroporto de Bariloche tinha filas, mas estava tranquilo - André Nery/UOL - André Nery/UOL
Aeroporto de Bariloche tinha filas, mas estava tranquilo
Imagem: André Nery/UOL

Latam

Ao UOL a Latam informou que não poderiam comentar casos particulares de passageiros.

Em nota, a empresa informou que "está fazendo todo o possível para reacomodar os passageiros afetados por cancelamentos e reprogramações".

"Com a melhora das condições climáticas, as operações da empresa estão sendo retomadas gradualmente. Para facilitar o transporte, a empresa também está operando voos extras a partir de Guarulhos e disponibilizou ônibus para fazer o deslocamento dos passageiros até Buenos Aires, onde eles contam com mais opções de voos para São Paulo", acrescentou a nota.

A companhia pede ainda que quem tenha viagens programadas para a cidade argentina verifique a situação de seus voos.

17.jul.2017 - Paisagem nevada em Bariloche - AFP/Télam - AFP/Télam
Paisagem nevada em Bariloche
Imagem: AFP/Télam

Itamaraty

O governo brasileiro, por meio do Ministério das relações Exteriores, informou que acompanha de perto a situação de brasileiros retidos em Bariloche, Argentina, em razão da nevasca.

Em nota, o Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil, em Buenos Aires, já fez contatos com autoridades argentinas sobre apoio ao grupo de cidadãos brasileiros retidos em Bariloche, em especial às famílias com crianças.

"Visando a assegurar a assistência necessária aos brasileiros, o Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires e o Consulado Honorário do Brasil em Bariloche também têm mantido contato permanente com as autoridades locais. Está sendo examinada, ademais, a viabilidade de se instalar um núcleo de apoio do Consulado Honorário no Aeroporto de Bariloche", diz ainda a nota.

O Itamaraty ressalta que o aeroporto de Bariloche vem operando com as limitações impostas pelas condições climáticas adversas, dando prioridade à segurança dos voos, mas que está em contato com as autoridades aeroportuárias e responsáveis das companhias aéreas Aerolíneas Argentinas e Latam.