EUA anunciam sanções à Rússia, que promete represália
Do UOL, em São Paulo
15/03/2018 13h37
O governo dos Estados Unidos impôs nesta quinta-feira (15) novas sanções à Rússia pela tentativa de ingerência nas eleições presidenciais de 2016, incluindo o bloqueio de acesso ao território americano de 19 pessoas. Moscou respondeu rápido e já prepara uma represália às sanções.
Os norte-americanos também proibiram o acesso a propriedades em seu território de cinco entidades russas que tentaram interferir nas eleições por meio de ataques virtuais. Esta é a primeira rodada de sanções anunciadas pelos Estados Unidos desde que o Congresso aprovou um projeto de lei sobre o tema no ano passado, mas que ainda não tinha sido implementado.
Leia também:
- Putin diz que talvez 'judeus', mas não o Kremlin, interferiram em eleições
- Inteligência dos EUA não reagiu à ingerência de Moscou nas eleições
"O governo enfrenta e resiste à atividade cibernética maligna da Rússia, incluindo a tentativa de interferência nas eleições americanas, aos ataques virtuais destrutivos e às intrusões dirigidas à infraestrutura crítica", afirmou em comunicado o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
A decisão foi tomada pouco depois de os presidentes de Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e França condenarem de maneira conjunta o envenenamento do ex-espião Sergey Skripal em Salisbury, no sul da Inglaterra, e responsabilizarem a Rússia pelo ataque.
As sanções impostas hoje são as mais duras impostas até o momento à Rússia por tentar interferir nas eleições de dos anos atrás, informou a agência de notícias "EFE".
Represália
Em resposta, o governo russo nomeou seu novo vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov. "Estamos começando a preparar medidas de resposta", avisou Ryabkova, segundo a agência de notícias "AFP".
As medidas tomadas pelo governo Trump também respondem a vários ciberataques atribuidos pelos Estados Unidos à Rússia, incluindo a tentativa de penetrar no sistema de distribuição de energia.