Delegação dos EUA vai à Coreia do Norte para acertar cúpula entre Trump e Kim
Uma delegação dos Estados Unidos viajou à Coreia do Norte neste domingo (27) para acertar os detalhes da cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-un, que havia sido marcada para 12 de julho em Singapura e, posteriormente, foi cancelada pelo presidente dos Estados Unidos. Trump confirmou a visita dos diplomatas americanos à zona desmilitarizada da península coreana para a reunião com representantes do Norte.
"Nossa equipe dos EUA chegou à Coreia do Norte para tomar providências para a cúpula entre Kim Jong-un e eu", escreveu o presidente americano, Donald Trump, em seu Twitter, na tarde de domingo. "Realmente acredito que a Coreia do Norte tem um potencial brilhante e será um grande país no quesito econômico e financeiro um dia. Kim Jong-un concorda comigo nisso. Isso vai acontecer!"
A confirmação de Trump da chegada da comitiva americana à Coreia do Norte aconteceu horas depois de o jornal The Washington Post informar sobre a visita diplomática. Segundo o jornal, Sung Kim, um ex-embaixador dos Estados Unidos na Coreia do Sul e ex-negociador nuclear com a Coreia do Norte, cruzou a fronteira intercoreana para se reunir com Choe San Hui, vice-ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte.
O funcionário americano e Choe já fizeram parte das delegações que negociaram o acordo de desnuclearização de 2005, no qual a Coreia do Norte, sob o mandato de Kim Jong-il, se comprometeu a abandonar todos os programas de armas nucleares.
A delegação americana é completada por Allison Hooker, do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, e um funcionário do Departamento de Defesa do país. O "Post", que citou uma pessoa familiarizada com as negociações, explicou que estas se prolongarão até a próxima terça-feira.
Trump cancelou na quinta-feira o histórico encontro através de uma carta a Kim Jong-un, mas no sábado disse a jornalistas no Salão Oval que seu governo continua trabalhando para que ocorra no próximo dia 12 de junho em Cingapura, data e local fixados inicialmente.
Também no sábado, Kim Jong-um teve um encontro surpresa com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, onde o líder norte-coreano reafirmou seu compromisso com a desnuclearização "completa" da península coreana e com a planejada cúpula com Trump. A reunião intercoreana ocorreu no vilarejo fronteiriço de Panmunjom, o mesmo local onde Moon e Kim se encontraram em 27 de abril, na primeira cúpula entre os dois países em mais de uma década.
No domingo, segundo um comunicado emitido pela agência estatal norte-coreana KCNA, Kim expressou sua "vontade inabalável" de participar do encontro "histórico" com Trump, como planejado.
Além disso, o porta-voz do gabinete presidencial sul-coreano comunicou que há a possibilidade de Moon se encontrar com Kim e Trump em Cingapura. Segundo a autoridade, a reunião entre as três partes depende do resultado das discussões entre Washington e Pyongyang.
Se finalmente acontecer, a reunião entre Kim e Trump será a primeira entre líderes de EUA e Coreia do Norte após quase 70 anos de confronto iniciado com a Guerra da Coreia (1950-1953) e mais de um quarto de século de fracassadas negociações. (Com agências internacionais)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.