Em novo vídeo, meninos e treinador agradecem equipe de resgate na Tailândia
Do UOL, em São Paulo
14/07/2018 09h50Atualizada em 14/07/2018 15h09
Um vídeo divulgado pelo governo tailandês neste sábado (14) mostra o grupo resgatado de uma caverna, após mais de duas semanas sem acesso à luz e à comida, em boas condições de saúde e agradecendo ao apoio. Os 12 rapazes, que têm entre 11 e 16 anos, e o treinador de futebol, de 25, devem ter alta do hospital de Chiang Rai na quinta-feira (19).
"Estou em boa saúde agora", disse um dos meninos, de 14 anos, apelidado de Note. "Obrigado por me salvar", completou.
Um a um, eles aparecem sentados em suas macas com máscaras hospitalares, cobrindo boca e nariz, e agradecendo, em tailandês. Um deles fala em inglês. Alguns disseram que não veem a hora de comer seus pratos favoritos, como arroz com carne de porco e sushi.
"Eu quero comer arroz com carne de porco crocante e arroz com carne de porco grelhada", disse Pipat Photi, de 15 anos.
"Eu quero arroz com joelho de porco", disse Duangpetch Promtep, 13. "Obrigado por todo o apoio moral."
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Recuperação e alta na quinta
"Os 13 'javalis selvagens' [nome do time de futebol] estão em boa condição física e com bom ânimo", afirmou neste sábado o ministro da Saúde, Piyasakol Sakolsattayatorn. "Eles receberão alta a princípio na quinta-feira", acrescentou. Antes, médicos haviam dito que os quatro primeiros resgatados poderiam deixar o hospital amanhã.
Durante as mais de duas semanas em que esteve confinado, o grupo perdeu peso (dois quilos, em média), e alguns contraíram leves quadros de pneumonia, segundo a equipe médica. Neste sábado (14), as autoridades tailandeses afirmaram que todos já começaram a ganhar peso no hospital e que os que haviam pego pneumonia já estão recuperados.
Temia-se que os garotos pudessem ter contraído doenças infecciosas durante o isolamento, mas exames realizados descartaram essa possibilidade.
Apoio psicológico
Os meninos e seus pais foram aconselhados a passar a maior parte do tempo com a família e os amigos, e a não dar entrevistas, porque isso pode causar sintomas de estresse traumático, disse o ministro.
A equipe médica oferecerá apoio psicológico para que o grupo consiga lidar com a imprensa e o grande interesse que sua história despertou em todo mundo.
Especialistas ouvidos no Brasil disseram que a saúde mental do grupo é um ponto de atenção.
(Com agências de notícias)