Caso George Floyd: câmera de policial gravou horror das testemunhas
Imagens da câmera corporal usada por um dos quatro policiais envolvidos na morte de George Floyd, em maio de 2020, nos Estados Unidos, revelam reações de horror e revolta por parte das pessoas que testemunharam a ação.
De acordo com a agência Associated Press, o vídeo, disponibilizado ontem, vem do equipamento que estava preso à farda de Tou Thao, o policial que ficou encarregado de conter e manter afastado o público que se aproximava do local onde Floyd foi detido, em Mineápolis.
É possível ver que muitas pessoas pedem com insistência que os policiais saiam de cima de Floyd. Um deles, Derek Chauvin, se manteve ajoelhado sobre o pescoço da vítima, que dizia o tempo todo que não conseguia respirar.
Floyd, um cidadão negro, estava algemado e deitado de bruços no chão enquanto Chauvin, um homem branco, o asfixiava.
No vídeo de Thao, um homem negro grita para Chauvin "sair do (palavrão) pescoço dele, irmão" e pergunta a Thao: "Você vai mantê-lo assim?", apontando para Floyd.
"Você vai deixá-lo matar aquele homem na sua frente, irmão?", ele diz a Thao. "Irmão, ele nem mesmo está (palavrão) se movendo agora, irmão".
Thao ordena que as pessoas vão para a calçada. A certa altura, ele diz a elas: "É por isso que vocês não devem usar drogas, crianças."
"O que (palavrão) vocês estão fazendo?", uma jovem grita. "Ele está morrendo!".
Quando um homem se aproxima de Thao com um celular, o policial o empurra de volta para a calçada, gritando: "Saia da rua!".
Imagens mostram Floyd implorando desde o início
As imagens foram apresentadas pelos promotores no caso na segunda-feira (10). Esse vídeo e também outros dois, coletados das câmeras dos policiais Lane e Kueng, mostram Floyd implorando aos policiais enquanto eles tentam colocá-lo no carro da polícia.
Floyd afirma repetidamente que não consegue respirar e grita por sua mãe antes de desmaiar. Sua morte foi declarada em um hospital naquela mesma noite.
Os quatro policiais foram demitidos e presos após a repercussão do caso, que gerou protestos em massa, não só nos EUA como em vários outros países, contra o racismo e a violência policial. Os quatro estão sendo processados e ainda vão a julgamento.
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