Menina autista de 9 anos é algemada pela polícia durante crise em escola
Uma menina autista de 9 anos foi algemada e detida por policiais durante uma crise dentro da escola dela. O caso aconteceu no início desta semana na cidade de Sydney, na Austrália, e foi filmado por pessoas que estavam no colégio. A mãe da garota informou que o caso não é isolado e criticou a falta de acesso aos tratamentos de saúde mental no país.
No vídeo, é possível ver a menina gritando enquanto está algemada e é puxada por outros dois policiais homens. Segundo o site News.au, a menina foi identificada como Makayla e, além de autismo, ela possui TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), transtorno desafiador de oposição, síndrome de Tourette e ansiedade. As condições da menina resultam em crises descontroladas e explosivas devido a diferentes gatilhos.
"Eu só quero ser uma família normal. Eu quero deixar a mamãe orgulhosa", disse Makayla ao canal de televisão australiano 9News.
Megan, mãe da menina, disse que o fato não foi isolado e a polícia já foi chamada outras várias vezes para deter a menina, levá-la a um hospital e sedá-la, procedimento permitido pela lei de saúde mental vigente no país. A lei autoriza que serviços de emergência e policiais levem pessoas durante crises para um hospital contra a vontade dela.
"É extremamente traumático [para Makayla e todos ao seu redor]. É uma situação muito infeliz", contou Megan ao site 2gb de Ben Fordham.
A mãe — que relatou ter diversos hematomas por tentar proteger a filha das crises — disse ao canal de televisão que não culpa a polícia ou os profissionais de saúde por suas ações, mas criticou a falta de acesso a especialistas, tratamentos e apoios disponíveis no país para as pessoas que precisam, assim como Makayla.
Para a mãe, Makayla "caiu nas brechas" do sistema e lamentou que o governo lide desta forma com a saúde mental das pessoas que precisam de ajuda.
"Estamos apenas sendo bloqueados em todos os lugares que vamos", disse a mãe da menina.
Após a grande repercussão do caso, Brad Hazzard, ministro da saúde australiano, informou hoje ao 9news que entrará em contato com a família de Makayla para "tentar descobrir o que aconteceu".
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