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Trump demite diretor que reiterou não haver prova de fraude nas eleições

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/11/2020 22h02

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu hoje Chris Krebs, diretor da Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura dos Estados Unidos (CISA). Semana passada, o órgão publicou uma nota afirmando que a eleição de 2020 teria sido a "mais segura da história".

Em postagem publicada na noite de hoje, Trump alegou, sem provas, que as declarações de Krebs teriam sido "imprecisas" e que, segundo ele, existiram grandes "inconveniente" e "fraudes" durante o processo eleitoral.

"Pessoas mortas votando, observadores de pesquisas proibidos de entrar nos locais de votação, "falhas" nas urnas que mudaram votos de Trump para Biden, votação tardia e muitos mais", escreveu o republicano, insistindo nas alegações de manipulação.

O Twitter marcou na publicação um aviso indicando que qualquer fraude na eleição dos Estados Unidos é "extremamente rara" e que não há evidências de manipulação no processo eleitoral de 2020.

"Portanto, Chris Krebs foi destituído como diretor da Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança (CISA)", completou Donald Trump, anunciando a demissão.

"Eleição mais segura da história", disse a CISA

A publicação do atual presidente dos Estados Unidos foi uma resposta ao comunicado oficial divulgado semana passada pela CISA, que era comandada por Krebs.

Na nota, o órgão alegou que "a eleição de 3 de novembro foi a mais segura da história dos Estados Unidos", contrariando as alegações de fraude por parte de Trump.

"Não há evidências de que algum sistema de votação excluiu ou perdeu votos, mudou votos ou foi de alguma forma comprometido", disse a nota publicada em 12 de novembro.

Na tarde de hoje, o ex-chefe do governo utilizou as redes sociais para reiterar a informação de que especialistas em segurança eleitoral não encontraram provas de fraude durante o processo das eleições.

"Sobre as alegações de que os sistemas eleitorais foram manipulados, 59 especialistas em segurança eleitoral concordam que, nos casos que temos conhecimento, essas alegações não foram comprovadas ou são tecnicamente incoerentes", disse Krebs em publicação no Twitter.

Após o anúncio da demissão, o ex-chefe da CISA afirmou que "eles fizeram o que era certo", e declarou estar "orgulhoso em servir".