ONU e Papa condenam assassinato do presidente do Haiti; veja repercussão
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, e pediu que o país mantenha a unidade e preserve a ordem constitucional.
Guterres, através de comunicado feito pelo seu porta-voz, deu condolências ao povo e ao governo haitiano, e defendeu que os responsáveis pelo crime devam responder pelo crime junto às autoridades locais.
O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje para discutir a situação no Haiti e exigiu que os responsáveis pelo assassinato "sejam rapidamente levados à Justiça".
Quatro suspeitos de envolvimento no assassinato foram mortos ontem em confronto com agentes da Polícia Nacional, enquanto outros dois foram presos, informou o diretor-geral da corporação.
Papa manifesta tristeza
O papa Francisco também manifestou sua "tristeza" e condenou "toda forma de violência", após o assassinato de Moise, conforme telegrama divulgado hoje por seu secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin.
O pontífice condenou "todas as formas de violência como meio para resolver crises e conflitos" e desejou "um futuro fraternal, de harmonia, solidariedade e prosperidade" para o povo haitiano, acrescenta a mensagem.
Francisco se encontra internado em um hospital de Roma após ser operado do cólon.
Na mensagem, ele também enviou "suas condolências ao povo haitiano" e à esposa do presidente, Martine Moise, gravemente ferida e levada de avião para Miami. "Confio sua vida a Deus", escreveu Francisco.
UE: assassinato pode intensificar violência
O alto representante de Política Externa da UE (União Europeia), Josep Borrell, disse que ficou "chocado" com o assassinato e advertiu que isso poderia promover uma "espiral da violência" no país.
Borell lembrou que conheceu o presidente há apenas três semanas, em um fórum.
Na opinião do chefe da diplomacia comunitária, este crime "acarreta um risco de instabilidade e uma espiral de violência".
Sinal 'muito preocupante', diz Biden
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou o "atroz" assassinato e disse que é um sinal "muito preocupante" do estado da crise política no Haiti. "Estamos chocados e tristes com o horrível assassinato do presidente Jovenel Moise e o ataque à primeira-dama, Martine Moise, do Haiti", disse Biden em um comunicado.
O presidente americano condenou este "ato atroz" e enviou "sinceros votos" de recuperação à primeira-dama, além de suas "condolências ao povo haitiano".
Em sua declaração, Biden também garantiu que os EUA estão "preparados para ajudar" na tentativa de "trabalhar por um Haiti seguro".
Chile e Venezuela lamentam
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, lamentou o "covarde" assassinato de seu homólogo do Haiti, Jovenel Moise, e enviou uma mensagem de solidariedade ao país caribenho.
"Enviamos nossa solidariedade e condolências à sua família e a todo o povo haitiano", acrescentou Piñera.
O presidente chileno concluiu com um apelo à "unidade e paz para fortalecer a democracia" e assim poder "encontrar uma saída para a grave crise" que atravessa o país, o mais pobre da América Latina.
O governo da Venezuela condenou o "terrível assassinato" e expressou suas condolências e solidariedade à família e ao povo haitiano.
"Fazemos um apelo à paz e ao entendimento", escreveu o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, no Twitter.
* Com informações da AFP e EFE
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