Andersson volta ao posto de premiê da Suécia após ficar apenas 8 h no poder
A líder dos social-democratas da Suécia, Magdalena Andersson, foi eleita novamente primeira-ministra pelo Parlamento, uma semana depois de ter sido escolhida e renunciar poucas horas depois por falta de apoio.
Andersson, que será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de governo na Suécia, era ministra das Finanças até agora. Desde sua criação, em 1876, o cargo de premiê foi preenchido por 33 homens.
Ela foi eleita com 173 votos contrários dos deputados, 101 a favor e 75 abstenções. Na Suécia, um governo é aprovado se a maioria absoluta (175 deputados) não vota contra a candidatura.
Andersson renunciou na semana passada após o seu projeto de orçamento ser derrubado e ambientalistas deixarem o governo, tudo no mesmo dia. O Partido Verde disse que não aceitaria um orçamento elaborado por parlamentares da extrema-direita.
A economista não havia assumido oficialmente suas funções antes de entregar o cargo —tradicionalmente, a posse ocorre após o governo ser apresentado ao rei.
Uma vez formado, o novo governo de Andersson permanecerá no cargo até as eleições gerais, que devem ocorrer em setembro do próximo ano.
Andersson substituiu o correligionário Stefan Lofven, que estava no cargo desde outubro de 2014 e renunciou após perder a confiança do Parlamento. A economista é descrita pela mídia como "pragmática" e "tecnocrata" e prometeu "retomar o controle" das escolas e do sistema de saúde, se afastando das privatizações, além de tornar o país, lar da ativista Greta Thunberg, em um modelo contra a crise climática.
* Com informações de ANSA e AFP, em Estocolmo (Suécia)
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