Ucrânia: Mais de 2.500 morrem em Mariupol; Crianças mortas no país são 90
Do UOlL, em São Paulo*
14/03/2022 08h24Atualizada em 14/03/2022 11h18
Noventa crianças foram mortas e mais de 100 ficaram feridas na Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro, disse a Procuradoria-Geral ucraniana nesta segunda-feira.
"O maior número de vítimas está nas regiões de Kiev, Kharkiv, Donetsk, Chernihiv, Sumy, Kherson, Mykolayiv e Zhytomyr", disse o órgão em comunicado.
A Rússia nega visar civis no que chama de "operação especial" para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia.
Segundo informações do conselheiro presidencial Oleksiy Arestovych numa entrevista televisionada na segunda-feira, mais de 2.500 moradores da cidade portuária do Mar Negro de Mariupol, na Ucrânia, foram mortos desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro.
Ele disse que estava citando informações dadas por figuras da administração da cidade de Mariupol, e acusou as forças russas de impedir que a ajuda humanitária chegue à cidade sitiada. A Rússia diz que não visa os civis.
Após nove tentativas de cessar-fogo, os primeiros civis começaram a deixar Mariupol hoje. A cidade está sem energia elétrica, aquecimento e sofre com o desabastecimento de alimentos e medicamentos.
Segundo a vice primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, 160 carros particulares deixaram Mariupol em direção a Berdyansk, uma cidade portuária em Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia.
A cidade é estratégica para a Rússia porque criaria um corredor terrestre entre a península de Crimeia e as cidades separatistas Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.
*Com informações da Reuters