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Iraque obriga imprensa a trocar 'homossexualidade' por 'desvio sexual'

O governo iraquiano vem utilizando cláusulas de moralidade no código penal para atingir a população LGBTQIA+ Imagem: Istock

Colaboração para o UOL

09/08/2023 10h31

O órgão regulador da mídia do Iraque ordenou que todas as empresas de mídia e rede social que operam no país deixem de usar o termo "homossexualidade" e, em vez disso, utilizar a expressão "desvio sexual".

O que se sabe:

Em comunicado, a Comissão de Comunicações e Mídia do Iraque informou que o uso do termo "gênero" também foi proibido, segundo apurou a CNN.

O órgão também proibiu empresas de telefonia e internet de usar os termos em qualquer um de seus aplicativos.

A comissão "orienta as organizações de mídia a não usar o termo 'homossexualidade', mas adotar 'desvio sexual'", diz o comunicado.

Um porta-voz do governo disse que a penalidade por violar a regra ainda não foi definida, mas pode incluir uma multa.

A homossexualidade não é criminalizada explicitamente no país, mas o governo tem utilizado cláusulas de moralidade em seu código penal para atingir membros da comunidade LGBTQIA+.

Nos últimos dois meses, os principais partidos iraquianos intensificaram as críticas aos direitos LGBT.

Bandeiras com o símbolo do arco-íris têm sido frequentemente queimadas em protestos de facções muçulmanas xiitas, que se opõem às recentes queimas do Alcorão na Suécia e na Dinamarca.

Conforme o Our World in Data, mais de 60 países criminalizam a homossexualidade, enquanto atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são legais em mais de 130 países.

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