Chineses descobrem floresta de árvores gigantes (que nem cabem na sua tela)

Cientistas de instituições acadêmicas e entidades ambientais da China descobriram uma floresta de árvores gigantes, algumas delas com mais de 100 metros de altura, em uma região no condado de Bomi, no sul do Tibete.

O que se sabe:

Neste domingo (13), divulgou imagens e o resultado de uma expedição científica realizada entre 7 e 23 de junho, na região sul do Tibete, que descobriu uma floresta, ainda não mapeada, com árvores gigantes, em sua maioria ciprestes, com níveis de altura que vão de 80 a 101,2 metros do chão, segundo informações da agência chinesa CCTV.

Foram encontradas mais de 260 árvores gigantes com cerca de 80 metros e 25 com mais de 90 metros de altura. Duas delas, as mais altas localizadas pelas equipes, foram batizadas de Southern Tibet Cypress I, com 101,2 metros; e a segunda, Southern Tibet Cypress II, com 99,5 metros.

Com 101,2 metros de altura, a Southern Tibet Cypress I passou a ser a segunda árvore mais alta da Ásia. Isso porque, em maio de 2023, uma equipe de investigação conjunta liderada pela Universidade de Pequim encontrou um cipreste tibetano de 102,3 metros de altura em Tongmai, condado de Bomi, quebrando o recorde asiático. Ela foi identificada como pertencente à espécie Cupressus austrotibetica Silba.

A fim de investigar a distribuição das comunidades de árvores gigantes, em junho, a equipe de pesquisadores visitou o município de Bomi Yigong e entrou em uma área de floresta primitiva de 15 hectares. Lá, descobriram a floresta de árvores gigantes, espalhada por uma área de 10.000 metros quadrados.

Os cientistas escalaram as duas árvores mais altas até o topo e coletaram espécimes de plantas e amostras de germoplasma — estrutura que armazena o material genético de uma espécie e que pode ser transmitida de uma geração para outra.

A floresta de árvores gigantes se estende do sudeste do Tibete até as montanhas Hengduan, no noroeste de Yunnan. É um centro de distribuição de árvores gigantes de relevância mundial, segundo os cientistas.

O programa da expedição envolve áreas multidisciplinares como taxonomia vegetal, ecologia florestal, coleta e gerenciamento de recursos de germoplasma, análise física e química do solo, e pesquisas de acompanhamento, que estão em andamento.

A expedição reuniu especialistas do Instituto de Botânica, Academia Chinesa de Ciências, Universidade Agrícola e Florestal de Fujian, Jardim Botânico de Xangai Chenshan - Banco Nacional de Recursos de Germoplasma de Plantas Selvagens Importantes Chenshan Center, Universidade de Xiamen, Associação de Conservação da Vida Selvagem da China, Instituto de Pesquisa em Biologia do Planalto da Região Autônoma, Departamento de Florestas e Pastagens da Região Autônoma do Tibete, Departamento de Florestas e Pastagens do Condado de Bomi, município de Nyingchi, estúdio Wild China e 720 Cloud Platform.