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Bombardeiro gigante x caça veloz: como são os aviões que quase se chocaram

6.set.2013 - O bombardeio B-52 usado em ataque dos EUA ao Afeganistão Imagem: USAF/Reuters

Colaboração para o UOL

30/10/2023 10h49

Um caça chinês J-11 quase colidiu com um bombardeiro estadunidense B-52 sobre o mar do Sul da China na última terça-feira. Os Estados Unidos divulgaram um vídeo que mostra que o caça passou a cerca de três metros do bombardeiro.

O Comando Indo-Pacífico dos EUA, que é responsável pelas operações militares naquela região, criticou a atitude chinesa:

A interseção da China foi realizada à noite, com visibilidade limitada, de forma contrária às regras e normas internacionais de segurança aérea.

Pequim não respondeu às críticas.

Como é o caça J-11

O caça J-11 é um veículo multiuso chinês, ou seja, pode ser usado em ações de monitoramento, como o de terça, ou em batalha.

O caça é armado com um canhão de 30 mm e pode carregar uma série de mísseis: míssil ar-ar guiado, míssil de curto alcance, míssil infravermelho, míssil de médio alcance e míssil de longo alcance.

O caça tem apenas um tripulante, que é o responsável por guiar o veículo militar.

O J-11 pode chegar a 2.500 km/h e tem um radar eletrônico para mapear o que está em volta do veículo.

Como é o Bombardeiro B-52

O Bombardeiro B-52 é um dos veículos militares mais antigos do mundo. Ele começou a ser operado em 1952. Ao longo do tempo, foi passando por diversas evoluções.

O B-52 pode chegar a 1.000 km/h e pode carregar até 34 tipos diferentes de armas.

Entre elas estão bombas de fragmentação, bombas de uso geral, minas - navais e terrestres -, bombas guiadas, mísseis e armas nucleares.

A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou, em agosto de 2022, que os bombardeiros B-52H passarão por melhorias. A intenção é que o veículo continue na ativa até a década de 2050, completando 100 anos em operação.

Tensão no mar do Sul da China

A quase colisão entre o caça chinês e o bombardeiro estadunidense é mais um capítulo da tensão que ronda o mar do Sul da China. A região é palco de disputa entre diversos países. A China reivindica 85% do território oceânico da região. No entanto, isso é contestado por países da região, como a Índia. Os Estados Unidos também não aceitam essa imposição de Pequim.

Outros países, como Filipinas, Vietnã, Malásia, Singapura, Indonésia e Brunei, também querem ter soberania em partes da região.

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