Guerra em Israel: ataque a campo de refugiados deixa 45 mortos, diz Hamas
Do UOL*, em São Paulo
05/11/2023 04h00Atualizada em 05/11/2023 14h09
O grupo extremista Hamas diz que um ataque de Israelense contra um campo de refugiados na Faixa de Gaza deixou ao menos 45 mortos e cerca de 100 feridos na noite deste sábado (4).
O que aconteceu
O número foi informado pelo Ministério da Saúde da Palestina, controlado pelo Hamas. Mais cedo, chefe do gabinete de comunicação do grupo, Salama Marouf, disse que os mortos eram 30.
A agência de notícias palestina WAFA disse que a maioria das vítimas era formada por mulheres e crianças. Horas antes do anúncio do Hamas, a WAFA havia informado que o número de mortos seria 51.
Segundo o Hamas, ao menos 9.488 palestinos foram mortos por militares israelenses desde o início do conflito em 7 de outubro. O grupo extremista lançou um ataque surpresa ao sul de Israel, matando 1.400 pessoas e fazendo outras 240 como reféns.
Biden diz "sim" à pausa humanitária
Combates entre soldados israelenses e combatentes do Hamas ocorreram no sábado na Faixa de Gaza. O grupo anunciou a suspensão das retiradas de estrangeiros e de binacionais para o Egito, devido à recusa de Israel em permitir a saída dos palestinianos feridos, sob o risco de que membros do Hamas estejam entre eles.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, relatou avanços na garantia de uma pausa humanitária nesta guerra. Questionado se houve progresso neste assunto, Biden respondeu "sim" com um sinal de positivo ao sair de uma igreja neste sábado (4).
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, se reuniu com seus colegas dos países árabes em Amã, após uma visita a Israel, e reiterou seu apelo a "pausas humanitárias".
Ele reiterou, no entanto, que seu país considera que um cessar-fogo apenas "manterá o Hamas". O grupo é considerado terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel. Israel rejeitou na sexta-feira (3) os apelos a "pausas humanitárias", exigindo a libertação dos reféns levados para Gaza em 7 de outubro pelo grupo islâmico palestino.