Deputado: Brasil tem que romper relações com Israel e dar resposta à altura
Colaboração para o UOL, em São Paulo
06/11/2023 13h03
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) disse em entrevista no UOL News da manhã desta segunda-feira (6) que a diplomacia brasileira precisa ser mais firme com Israel e "ampliar a condenação" do que vem acontecendo na Faixa de Gaza.
O governo brasileiro tentou, com a tradição de sua diplomacia, uma ação de mediação. Mediação só existe quando há o mínimo de disponibilidade em relação aos atores envolvidos em determinado conflito. Israel e Estados Unidos não estão demonstrando qualquer possibilidade de apoiar ou trabalhar pela paz na região, ou por um cessar-fogo imediato. Eles estão se lixando para tudo que está acontecendo de condenação internacional aos atos do Estado de Israel.
Nesse momento, não cabe mais a posição por parte da diplomacia brasileira e, mais especificamente, do governo brasileiro de não ampliar a condenação do que vem sendo feito por Israel. O presidente Lula está correto quando diz que o que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio.
É fundamental que isso tenha consequência prática do ponto de vista diplomático: Colômbia e Chile convocaram seus embaixadores, a Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israel. O Brasil tem que ir no mesmo caminho.
O parlamentar também pede a suspensão do exercício militar dos Estados Unidos na Amazônia, pois, segundo ele, isso já "seria questionável" mesmo sem a guerra entre Israel e Hamas.
Além disso, suspender a realização desse exercício militar com aproximadamente 300 militares dos Estados Unidos na Amazônia. Não há normalidade, isso já seria questionável em qualquer circunstância. No momento que você está tendo um genocídio em que 40% das pessoas mortas são crianças, o governo brasileiro tem que dar uma resposta à altura da gravidade do que está acontecendo.
Ele acredita que a "resposta à altura" passa por romper relações com Israel.
Rompimento de relações ou, para começar, uma escalada até chegar ao rompimento, como fizeram Colômbia e Chile, que convocaram seus embaixadores.
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