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Articulador político de Milei: 'Não tenho informação de ingerência de Lula'

Javier Milei, candidato a presidente da Argentina, foi para o segundo nas eleições Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian

Do UOL, em São Paulo

08/11/2023 11h05

O principal articulador da campanha de Javier Milei à Presidência da Argentina, Guillermo Francos, se contrapôs ao candidato e disse não ter informações sobre tentativa de ingerência de Lula na campanha dele. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Globo.

O que aconteceu

Guillermo Francos disse que desconhece qualquer coisa a respeito da suposta interferência de Lula na campanha de Milei. "O que sei é que existe uma equipe especialista em campanhas negativas que trabalha para Massa, uma equipe brasileira, com muitas pessoas na Argentina e outras pessoas trabalhando no Brasil. Não posso dizer que Lula tenha alguma ingerência nisso, porque não tenho conhecimento disso, apenas o que comentou Javier Milei", afirmou o articulador político. Sergio Massa está no segundo turno da corrida presidencial argentina contra Milei.

Sem apresentar provas, o candidato argentino acusou Lula de financiar uma campanha contra ele. Questionado se há evidências de que o presidente brasileiro tenha feito isso, Franco respondeu: 'Não sei, não as conheço".

Massa foi ao 2º turno à frente de Milei

O governista Sergio Tomas Massa e o radical de direita Javier Gerardo Milei vão disputar o segundo turno das eleições na Argentina em 19 de novembro.

O desempenho de Massa foi puxado principalmente pelo eleitorado Província de Buenos Aires. Mas foi a pior votação presidencial do peronismo em quatro décadas.

Nas primárias argentinas, realizadas em agosto, a chapa de Milei havia conquistado o primeiro lugar; seguida das de Patricia Bullrich e Massa. Além disso, a maior parte das pesquisas eleitorais indicava liderança de Milei no primeiro turno — por isso, o resultado é considerado surpreendente.

Os números da apuração, divulgados pela Direção Nacional Eleitoral, ainda serão confirmados pela Justiça Eleitoral Nacional, 48 horas após a eleição. O sistema é chamado de "escrutínio final", segundo o site do governo argentino.

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