Franceses marcham contra antissemitismo; cidades têm atos pró-Palestina

Dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas hoje em Paris e outras cidades francesas para expressar solidariedade ao povo judeu e repudiar atos antissemitas ocorridos no país desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro. Outras cidades europeias e a Austrália tiveram atos pró-Palestina.

Como foi a manifestação na França

As marchas foram convocadas pelos líderes do Parlamento francês. Não houve registro de incidentes nos atos de Paris, que foram acompanhados por 3 mil policiais.

Mais de 1.240 atos antissemitas foram relatados em França no último mês. Segundo o jornal The New York Times, a polícia fez 539 prisões até 10 de novembro.

O presidente Emmanuel Macron condenou "o ressurgimento insuportável do antissemitismo desenfreado" na França. Numa carta aberta publicada no jornal Le Parisien ontem, ele disse que "não haveria tolerância para o intolerável".

Macron não participou da marcha, mas ex-presidentes estiveram presentes. François Hollande e Nicolas Sarkozy foram ao ato. Celebridades como as atrizes Natalie Portman e Charlotte Gainsbourg também compareceram à manifestação, segundo o NY Times. A primeira-ministra Elisabeth Borne, cujo pai era um sobrevivente do Holocausto, esteve na frente da marcha.

Atos pró-Palestina

Outras cidades europeias registraram manifestações pró-Palestina, com pedidos para o fim dos bombardeios de Israel a Gaza. Em Colônia, na Alemanha, os participantes se reuniram numa praça entre a histórica Catedral de Colônia e a estação ferroviária carregando bandeiras palestinas e faixas com mensagens criticando Israel.

Estocolmo, Barcelona, Atenas e Istambul também tiveram manifestações.

Na Austrália, cerca de 45 mil manifestantes foram às ruas. Segundo a polícia, milhares de pessoas se juntaram em Melbourne com pedidos de cessar-fogo e condenaram bombardeios a hospitais.