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Netanyahu diz que vitória de Israel sobre o Hamas é 'questão de meses'

Primeiro-ministro de Israel disse que mais de 20 mil combatentes do Hamas foram mortos ou feridos Imagem: Ronen Zvulun/Pool/AFP

Do UOL*, em São Paulo

07/02/2024 16h08Atualizada em 07/02/2024 16h18

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repetiu hoje que seu objetivo é destruir o Hamas e disse que a vitória sobre o grupo extremista é "questão de meses". Segundo o premiê, mais de 20 mil combatentes do Hamas foram mortos ou feridos.

O que aconteceu

Para Netanyahu, Israel está 'no caminho' de vencer o Hamas. O primeiro-ministro de Israel voltou a prometer uma vitória "esmagadora" sobre o grupo extremista e afirmou que a guerra será vencida em "questão de meses", e não de anos ou décadas. As declarações foram feitas em entrevista coletiva em Jerusalém, segundo o jornal The Times of Israel.

Israel quer garantir que Gaza não seja mais uma ameaça, disse premiê. Benjamin Netanyahu repetiu que Israel também tem como objetivos destruir o Hamas e libertar reféns. Segundo o primeiro-ministro, o Exército israelense está avançando "sistematicamente" para alcançar essas metas. "Os valentes combatentes [israelenses] provaram que tudo o que nos disseram ser impossível era possível", disse.

Mais de 20 mil combatentes do Hamas foram mortos ou feridos. De acordo com Netanyahu, isso representa mais da metade das forças de combate do Hamas, com 18 dos 24 batalhões já não sendo mais funcionais. O premiê ainda acrescentou que, se o Hamas sobreviver em Gaza, "será apenas uma questão de tempo até o próximo massacre".

Netanyahu ordenou ofensiva em Rafah, na fronteira com o Egito. É a segunda cidade do sul de Gaza a ser alvo de ataques por terra de Israel, depois de Khan Yunis. Segundo o premiê israelense, a "destruição" do Hamas "enviará uma mensagem a todo o Oriente Médio e permitirá a Israel ampliar o círculo de paz".

Defini a vitória absoluta como meta desde o início. Não vamos nos contentar com menos do que isso. Vamos continuar até o fim. (...) A pressão militar contínua é uma condição essencial para a libertação de reféns.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

Situação em Gaza

Mais de 27 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza, diz o Hamas. Ao todo, 27.708 pessoas — a maioria mulheres, adolescentes e crianças — foram mortas desde o início da guerra, segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas. Só nas últimas 24 horas, foram registradas 123 mortes. Outras 67.147 pessoas ficaram feridas desde 7 de outubro.

Guerra transformou Gaza em um lugar "inabitável", alerta ONU. Apenas uma interrupção prolongada dos combates aliviaria a catástrofe humanitária em Gaza, onde quase toda a população de 2,3 milhões de pessoas ficou desabrigada.

Única trégua temporária aconteceu em novembro de 2023. A pausa nos combates entre Israel e Hamas durou apenas uma semana. "Os civis de Gaza não fazem parte deste conflito e devem ser protegidos. É uma população que morre de fome, que está à beira do abismo", disse o diretor do programa de emergências sanitárias da OMS (Organização Mundial de Saúde), Michael Rayan.

(*Com AFP e Reuters)

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