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Brasileiro é preso suspeito de agredir funcionário de hotel na Argentina

A vítima, Gustavo Albarenga, trabalha há 20 anos no hotel, considerado um dos mais luxuosos do mundo Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL

15/02/2024 09h46

Um turista brasileiro foi preso na Argentina como suspeito de agredir o funcionário de um hotel de luxo na Recoleta, bairro nobre de Buenos Aires.

O que aconteceu

O brasileiro, de 52 anos, é engenheiro civil e empresário do setor imobiliário, segundo apurou o jornal La Nacion. O caso ocorreu no hotel Alvear Palace Hotel, por volta das 19h30 de sexta-feira (9). A identidade dele não foi revelada.

A vítima, Gustavo Albarenga, trabalha há 20 anos no estabelecimento. Ele chegou a perder a consciência e precisou ser levado ao hospital, onde ficou constatado traumatismo craniano. Segundo testemunhas, ele levou chutes e socos na cabeça e no rosto.

Ao relatar a agressão, o funcionário lembrou que, ao verificar o conteúdo da geladeira do quarto 210 — onde estava hospedado o brasileiro, com a esposa —, para reabastecê-la, recebeu um chute "inesperado" no rosto. Ele alegou ter ficado atordoado por alguns minutos, sem saber exatamente o que estava acontecendo, enquanto era continuamente agredido pelo turista.

Perdi a consciência. Quando me recuperei, estava com o agressor em cima de mim. Ele me agarrou pelo pescoço. O ataque terminou com a chegada do gerente e do garçom, que, após muita luta, conseguiram acalmar a situação.
Gustavo Albarenga, funcionário do Alvear Palace Hotel

O empresário forneceu uma versão diferente da narrada pelo funcionário. Ele contou que, na tarde de sexta-feira, quando estava no saguão do hotel, recebeu uma mensagem de sua esposa informando haver um estranho no quarto, revistando as malas do casal.

Ao chegar ao quarto, o engenheiro perguntou à esposa quem estava revistando as malas e ela apontou para Albarenga, que acabava de entrar no quarto 210 para repor os itens que faltavam no frigobar. Outro casal de brasileiros estava hospedado no quarto.

Após ser liberto, o engenheiro civil apresentou queixa contra o funcionário à Polícia Municipal, o denunciando por revistar as malas do casal sem autorização. Questionado pelos policiais se havia notado o desaparecimento de algum item, o brasileiro não soube responder.

Para dar continuidade ao processo em liberdade, o empresário, que já retornou ao Brasil, foi obrigado a cumprir uma série de medidas. Entre elas, comparecer a cada 45 dias ao escritório do Ministério Público.

O caso está a cargo da subprocuradora Malena Mercuriali, da Unidade de Flagrantes Leste do Ministério Público de Buenos Aires. Na audiência, o advogado do brasileiro, Andrés Gramajo, garantiu o comparecimento de seu auxiliar.

O UOL entrou em contato com o advogado, para solicitar uma declaração oficial, mas até o momento não houve resposta ao pedido. O texto será atualizado em caso de manifestação da defesa.

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