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Munição polêmica e blindagem: como é o tanque dos EUA destruído pela Rússia

Tanque Abrams é visto usando seu vasto poder de fogo Imagem: Reprodução/YouTube

Colaboração para o UOL*

29/02/2024 04h00

A Rússia afirmou nesta terça-feira (27) ter destruído um tanque Abrams no leste da Ucrânia. Uma frota de 31 exemplares do veículo foi enviada pelos EUA aos ucranianos em 2023, com a expectativa de dar um novo impulso à lenta contraofensiva sobre as tropas russas.

Como são os tanques Abrams

O modelo ganhou esse nome em homenagem ao general Creighton Abrams, comandante das forças dos EUA durante a Guerra do Vietnã.

Lançado em 1980, o Abrams já passou por várias atualizações desde então; sua última versão é o M1A2 SEPv3, lançado em 2015.

Foi projetado para andar sobre esteiras —e não rodas, diferentemente de outros modelos. Por isso, o tanque pode encarar travessias em terrenos acidentados —e intransitáveis para outros veículos, por exemplo.

Tem um canhão de 120 mm, duas metralhadoras de 7,62 mm e uma metralhadora antiaérea de 12,7 mm. A munição é armazenada atrás da torre e separada da tripulação por portas anti-explosão.

Munição polêmica. Os tanques Abrams são equipados com munições de urânio empobrecido. Essas munições podem perfurar armaduras, mas também são polêmicas devido aos riscos tóxicos para os militares e a população do país.

É excepcionalmente pesado se comparado a outros tanques russos. O modelo M1A2 do Abrams, por exemplo, pesa 63 toneladas, tem velocidade máxima de 68 km/h e pode rodar por 425 quilômetros. O motor tem 1.500 cavalos com turbina a gás.

A blindagem dos tanques norte-americanos é reforçada com camadas de urânio empobrecido, proteção contra armas antitanque e minas terrestres. Por isso, o Abrams é considerado um dos melhores do mundo neste aspecto. Não foi esclarecido pelos EUA, no entanto, se a Ucrânia recebeu tanques com esta camada de urânio.

O maior problema do modelo é o custo de manutenção, já que o combustível usado nele é semelhante ao utilizado na aviação e requer treinamento longo. "É um sistema caro de se operar e se manter", analisou John Kirby, do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, à CNN norte-americana.

Reputação intimidadora conquistada no passado. Os tanques Abrams foram usados pelas tropas dos EUA na Guerra do Golfo, entre 1990 e 1991, e também nas invasões feitas ao Iraque, em 2003, e ao Afeganistão, a partir de 2011. Segundo o Business Insider, o modelo operado atualmente pelo exército norte-americano é o M1A2.

*Com AFP

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