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Titan: novo áudio revela batidas vindas do submersível que implodiu; ouça

Submersível Titan, em foto sem data da OceanGate Imagem: OceanGate Expeditions/Divulgação via REUTERS

Do UOL*, em São Paulo

07/03/2024 04h00Atualizada em 07/03/2024 18h18

Um áudio obtido pela Força Aérea Canadense mostra o que seriam os últimos sons do submersível Titan, que implodiu em junho do ano passado enquanto visitava os destroços do Titanic. É possível ouvir alguns sons que os especialistas suspeitam que poderiam ser de alguém batendo no submersível. A origem, no entanto, ainda não foi desvendada.

O material está no documentário "Minute By Minute: The Titan Sub Disaster" (Minuto por Minuto: O Desastre do Submersível Titan, em tradução livre), um projeto da emissora britânica Channel 5 que estreia hoje no Reino Unido. A obra é dividida em duas partes e ainda traz especialistas e pessoas que estiveram na missão de resgate para falar sobre a tragédia.

O que revela o áudio?

O áudio mostra sons assemelhando-se a batidas. Os ruídos foram captados pela primeira vez por um avião canadense.

Ao documentário da Channel 5, a Força Aérea Canadense revelou que ouviu o barulho desde o primeiro dia de busca e o ouviu em todos os voos.

Os sons detectados eram a cada 30 minutos, segundo a imprensa informou à época. O retorno acústico foi registrado por dispositivos de sonar adicionais, debaixo de água, no Atlântico Norte.

À época, o capitão da Guarda Costeira Jamie Frederick disse: "Com relação aos ruídos, para ser franco, não sabemos o que são."

Uma análise da Marinha dos EUA afirmou que os ruídos eram provavelmente do oceano ou de outros navios de busca, segundo informou a CBS News à época. Os agentes acreditavam que a implosão teria destruído a embarcação quase instantaneamente, o que não permitiria os passageiros a sinalizar qualquer pedido de socorro.

Ouça o áudio

Relembre o caso

O submersível, da empresa OceanGate, desapareceu no dia 18 de junho de 2023. A embarcação se dirigia aos destroços do Titanic, que ficam a cerca de 4.000 metros de profundidade no Oceano Atlântico.

O Titan perdeu contato 1 hora e 45 minutos depois de começar a descer. Um ex-consultor da OceanGate afirmou que o Titan teria tentado voltar à superfície momentos antes de perder contato com o navio-mãe, o Polar Prince.

No dia 22 de junho, a Guarda Costeira dos EUA anunciou que encontrou destroços do submersível. Segundo as autoridades, houve perda de pressão da cabine, o que gerou uma "implosão catastrófica" a cerca de 3.800 metros de profundidade.

A implosão ocorreu porque a pressão externa do oceano superou a de dentro da embarcação. O Titan era feito de fibra de carbono e de titânio.

O CEO da OceanGate, Stockton Rush, ignorou diversos alertas de um especialista sobre a segurança do submersível. A embarcação nunca havia sido certificada por um órgão independente.

O Titan era guiado por meio de um aparelho que lembra um controle de videogame. A embarcação já havia passado por falhas de comunicação e chegou a ficar perdida em outra ocasião.

Os cinco ocupantes do submersível morreram no acidente. Hamish Harding, bilionário e presidente da empresa Action Aviation; Shahzada Dawood, empresário paquistanês, e seu filho, Suleman; Paul-Henry Nargeolet, considerado um dos maiores especialistas no naufrágio do Titanic; e Stockton Rush, presidente da OceanGate, estavam a bordo.

A viagem custou US$ 250 mil por pessoa, o que equivale a R$ 1,2 milhão. O objetivo era levar os tripulantes até os destroços do Titanic, que naufragou em 1912.

*Com informações da Agência Brasil

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