Pão 'mais antigo do mundo' é encontrado em forno neolítico na Turquia
Do UOL, em São Paulo
08/03/2024 19h07
Pesquisadores de uma universidade na Turquia disseram ter encontrado o pão mais antigo do mundo: ele teria sido feito em 6.600 a.C.
O que aconteceu
O pão de 8.600 anos estava dentro de um forno do período neolítico. O alimento foi descoberto no campo de escavação Çatalhöyük, localizado em Konya, no centro-sul da Turquia, e foi analisado por paleontólogos e cientistas na Universidade Necmettin Erbakan. Imagens do pão e mais detalhes do processo de pesquisa foram compartilhadas pela universidade na terça-feira (5).
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A descoberta foi feita em 2021, mas a análise completa foi divulgada agora. Ele estava junto a restos de matéria orgânica como trigo, cevada e sementes de ervilha, e tem o tamanho aproximado da palma de uma mão.
O pão estava apenas fermentado e não havia sido assado —o que possibilitou a identificação. Isso porque, a olho nu e com microscópios, os cientistas conseguiram supor que estavam olhando para grãos de cevada e trigo, além de folhas que ficaram presas na massa.
Receita básica: mistura de farinha, água e tempo. As análises mostraram que o pão foi deixado para fermentar dentro do forno, e havia até a marca de um dedo em sua superfície.
A massa estava em um dos "primeiros locais de urbanização do mundo". Os cientistas estimam que 8 mil pessoas viveram nas proximidades da região de escavação durante o período Neolítico. No local, já ocorreram outras descobertas importantes sobre a evolução do homem —desde indícios da convivência em meio à superpopulação e doenças, até esculturas neolíticas de mulheres.
As análises mostraram que esse achado foi misturado com água e farinha, deixado por um tempo, fermentado e cru. Vimos que estava nessa forma, preparado próximo ao forno, mas não assado ou cozido. Foi uma descoberta emocionante. Não há nenhum achado nesta forma semelhante ao pão encontrado até agora. Nós o chamamos de o pão mais antigo conhecido. É uma descoberta emocionante para a Turquia e para o mundo.
Professor da Universidade de Gaziantep, Salih Kavak, que participou das análises