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China faz exercício militar em Taiwan em reação a atos separatistas

Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Daniela Fernandes

23/05/2024 09h36

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1. China faz exercício militar de bloqueio a Taiwan. As manobras, que vão durar dois dias, são "uma forte punição pelos atos separatistas" de Taiwan e "uma advertência contra a ingerência de forças externas", disse um porta-voz do exército chinês. Os exercícios ocorrem três dias após Lai Ching-te tomar posse como presidente da ilha autogovernada, reivindicada pela China como parte de seu território. Para Pequim, Lai é um "independentista perigoso" que levará "guerra e declínio" a Taiwan. Ao assumir o cargo, Lai pediu à China para interromper a intimidação política e militar contra Taiwan. As manobras mobilizam as três forças armadas da China. Taiwan qualificou a ação chinesa de "irracional" e enviou uma patrulha de quatro aviões de caça. A ilha é um importante fabricante de semicondutores e está na rota de uma das principais vias do comércio marítimo internacional. Os EUA aprovaram recentemente um pacote de US$ 8 bilhões de ajuda militar e econômica para Taiwan.

2. Premiê do Reino Unido convoca eleições legislativas antes do previsto. Rishi Sunak também dissolveu o parlamento, surpreendendo a maioria dos parlamentares do Partido Conservador, que está bem atrás dos Trabalhistas nas pesquisas. A previsão era de que a votação ocorresse no final deste ano ou no início do próximo. Há a possibilidade de o Reino Unido ter o quarto primeiro-ministro em dois anos se Sunak não for reeleito. A oposição trabalhista é a grande favorita para vencer as eleições, após 14 anos de governo conservador no país. A tarefa é gigantesca para o premiê: segundo pesquisas, os trabalhistas têm cerca de 45% das intenções de voto contra menos de 25% para os conservadores, que também enfrentam inúmeras disputas internas do partido. Dados positivos na economia - volta do crescimento e desaceleração da inflação - incitaram Sunak a antecipar a votação, esperando que o atual cenário econômico favorável contribua para reverter as pesquisas.

3. Nikki Haley anuncia que votará em Trump. A ex-candidata às primárias republicanas afirmou que Donald Trump deve "estender as mãos" aos eleitores moderados que votaram nela durante as primárias. O apoio de Haley a Trump era previsto, mas deve relançar as especulações sobre o nome do candidato à vice-presidência, apesar de Trump ter assegurado recentemente que Haley não faz parte da lista de pessoas que ele cogita para o cargo. A ex-governadora da Carolina do Sul desistiu de concorrer em março, mas ela continuou recebendo votos em algumas primárias em andamento, o que ilustra a recusa de eleitores moderados de optar por Trump. A campanha do presidente Joe Biden também tenta conquistar os apoiadores de Haley, vistos como eleitores indecisos.

4. BC dos EUA não descarta novo aumento dos juros. O Fed concluiu sua última reunião que os avanços contra a inflação estagnaram. Para o BC americano, os dados recentes não reforçam a confiança de que o aumento dos preços esteja se dirigindo de forma sustentável para a meta de 2% ao ano. Mas alguns membros do Fed evocaram a possibilidade de endurecer ainda mais a política monetária se a inflação se tornar mais agressiva. No início de maio, o Fed manteve os juros no patamar mais alto em duas décadas, de 5,25% a 5,5%. Na ocasião, o presidente da instituição, Jerome Powell, declarou que embora leve mais tempo do que o previsto para uma queda na inflação, seria "pouco provável" que houvesse novo aumento dos juros. O mercado estima que poderá haver um corte das taxas em setembro.

Protesto em Kiev, na Ucrânia, pede que o governo exija a libertação de músicos militares da Marinha, que são prisioneiros de guerra Imagem: Gleb Garanich/Reuters

5. Colômbia anuncia embaixada em território palestino. Quase um mês depois de romper relações diplomáticas com Israel devido à guerra na Faixa de Gaza, o governo colombiano anunciou a abertura de uma missão diplomática em Ramallah, na Cisjordânia. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a Espanha, a Irlanda e a Noruega reconheceram o estado palestino, medida que entrará em vigor no final do mês e que Israel qualificou como "recompensa ao terrorismo." O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apoiou o pedido de mandado de prisão contra o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, feito pelo procurador do Tribunal Internacional Penal da ONU nesta semana. A Colômbia reconhece o estado palestino desde 2018, mas não tem representação diplomática na região. O Brasil também reconhece a Palestina e tem um escritório de representação em Ramallah, que não é oficialmente uma embaixada.

Deu na BBC: Reconhecimento da Palestina por países europeus põe pressão sobre Reino Unido, França e Alemanha. A BBC afirma grandes países da Europa estão agora pressionados a seguirem o apoio à autodeterminação palestina. No passado, a posição de muitos países ocidentais era a de que o reconhecimento deveria ser um prêmio a um acordo de paz final. Mas alguns países europeus, incluindo o Reino Unido, mudaram suas posições nos últimos meses, afirmando que o reconhecimento do estado palestino poderia vir mais cedo para impulsionar um acordo político, escreve a BBC. O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou em fevereiro que o reconhecimento da Palestina não era um tabu para a França. Neste mês, a França apoiou a adesão da Palestina à ONU. A BBC ressalta que o reconhecimento do estado palestino é algo simbólico se não abordar questões vitais como fronteiras ou onde será a capital. Leia mais,

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