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Político é morto a tiros em cidade mexicana a cinco dias das eleições

Do UOL, em São Paulo

29/05/2024 14h35Atualizada em 30/05/2024 08h07

Um político mexicano foi morto a tiros no município de Cuautla, em Morelos, a cinco dias das eleições.

O que aconteceu

Ricardo Arizmendi era suplente do candidato a prefeito Jesús Corona Damián. Ele era um líder comunitário e comerciante há 32 anos na região da Praça 12 de Outubro. Em 2018, ele se candidatou a prefeito de Cuautla, mas não venceu.

Ele foi morto dentro do próprio comércio por volta das 16h30 de ontem, segundo a imprensa local. Testemunhas dizem que uma pessoa entrou no local, efetuou os disparos e fugiu com o comparsa numa moto.

Arizmendi morreu no local. Uma funcionária do comércio também foi atingida. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos, segundo uma política da região.

A polícia tenta localizar dois suspeitos. "Arizmendi Reynoso não tinha histórico de incidentes de segurança, nem pedido de medidas de proteção", informou o Comando Coordenado da Polícia de Morelos.

No dia em que foi morto, Arizmendi publicou um vídeo sobre a falta de segurança para comerciantes da região. "Meu amigo Jesús Corona Damián é o único que nos propõe a volta da paz e tranquilidade".

Em março, o próprio Jesús Corona denunciou que foi alvo de um ataque a tiros. Ele sobreviveu porque estava em uma caminhonete blindada. "Querem que eu desista da campanha. Uma coisa eu falo para a minha cidade: chega de viver com medo".

Outro candidato também foi atacado a tiros na tarde de ontem. Gilberto Palomar, que disputa a prefeitura de Encarnación de Díaz, foi baleado dentro de uma casa enquanto se preparava para fazer campanha. Ele está internado.

Violência nas eleições mexicanas. Pelo menos 22 pessoas que eram candidatas, pré-candidatas ou que aspiravam algum cargo foram assassinadas durante o processo eleitoral deste ano no México, divulgou a Secretaria de Segurança e Proteção do México, segundo a imprensa local.

Políticos lamentam morte

Jesús Corona afirmou que a morte de Arizmendi não será em vão. "Juntos sonhávamos com uma Cuautla tranquila e próspera. Continuaremos lutando porque os bons são mais e estamos cansados de viver o que nos acontece dia após dia".

A candidata a governadora de Morelos, Lucy Meza, escreveu que está profundamente consternada e triste. "O assassinato de Ricardo Arizmendi pretende impedir que os eleitores participem nas urnas no próximo domingo, mas hoje mais do que nunca os cidadãos devem ir votar para gerar a mudança a favor da paz e da segurança".

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