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Como é o buraco misterioso que o fundador da empresa do Titan quer explorar

Dean's Blue Hole, nas Bahamas, é conhecido como "Portal do Inferno" Imagem: Divulgação/venalasbahamas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/06/2024 04h00

Um ano após a tragédia do Titan, submersível que implodiu ao tentar visitar os destroços do Titanic, Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, empresa responsável pela embarcação, planeja uma nova expedição. Agora, o destino é o Dean's Blue Hole, um dos buracos submersos mais profundos do mundo, conhecido como "Portal do Inferno".

Como é o buraco

Trata-se de uma das cavernas submersas mais profundas e misteriosas do mundo. Sua localização, em uma ilha isolada nas Bahamas, dificulta ainda mais o seu acesso e quase inviabiliza a obtenção de ajuda em caso de emergências.

O apelido "Portal do Inferno" foi dado porque quase não há luminosidade, devido a sua entrada estreita, e o local já foi palco de acidentes fatais. "Esperamos encontrar restos mortais e estamos preparados para lidar com essa situação com o devido respeito aos familiares", diz uma nota no site da expedição.

No fundo da caverna, a mais de 200 metros de distância do solo, a pressão é 20 vezes maior que na superfície, de acordo com o site. Outro desafio para a expedição são as possíveis correntes marítimas existentes dentro do buraco, já que podem haver rachaduras na caverna.

Os viajantes estarão equipados com luzes de LED e drones subaquáticos para garantir uma boa observação do local. Mas, como trata-se de algo totalmente novo, eles dizem esperar encontrar "o inesperado" na viagem.

A viagem deve acontecer ainda neste ano, mas ainda não há detalhes. Junto com o cofundador da OceanGate, estarão Kenny Broad, responsável pela área científica, e Scott Parazynski, o chefe da área médica. À expedição foi dado o nome de Sapphire Abyss (Abismo Safira, em português). Söhnlein deixou a OceanGate em 2013 para fundar a Blue Marble Exploration.

Não se sabe que tipo de submersíveis serão utilizados para a missão. O Titan era feito de fibra de carbono e de titânio e, segundo as autoridades, houve perda de pressão da cabine, o que gerou uma "implosão catastrófica" a cerca de 3.800 metros de profundidade. Os cinco tripulantes morreram.

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