75 andares, sem freio: ela sobreviveu à maior queda de elevador da história
Colaboração para o UOL, de São Paulo
24/06/2024 04h00
Betty Lou Oliver entrou para o Guinness World Records por ter sobrevivido à maior queda de elevador da história.
O que aconteceu
Em 28 de julho de 1945, a jovem ascensorista Betty Lou Oliver, de 20 anos, despencou 75 andares (aproximadamente 300 metros) em um elevador do Empire State Building, em Nova York, nos Estados Unidos.
O acidente aconteceu após um avião do exército norte-americano B-25 se chocar acidentalmente com o edifício devido à neblina. A colisão causou uma explosão e um incêndio que durou 40 minutos. Onze pessoas que estavam no prédio e os três tripulantes morreram, de acordo com o Guinness.
No momento do impacto, Betty estava no 80.° andar e foi jogada para fora do elevador. A queda só aconteceu em um segundo momento, após a jovem ser socorrida e colocada no elevador para descer até o térreo. Acontece que os cabos do elevador estavam danificados, o que fez com que ele despencasse sem sistema de freio até o porão.
Betty permaneceu consciente durante a descida. "Comecei a gritar e bater no chão. Estava descendo tão rápido que tive de me agarrar às laterais do elevador para não flutuar", disse enquanto se recuperava no hospital, conforme relatado na época pelo The Courier-News, segundo o Guinness.
Milagrosamente, Betty foi encontrada com vida no porão e levada para o hospital, onde precisou tratar fraturas por quatro meses.
O que provavelmente salvou a vida de Betty foi a pressão do ar dentro do poço relativamente hermético, que desacelerou o elevador, além dos cabos cortados que formaram uma superfície parecida com uma mola que amorteceu o impacto final, segundo a Guinness.
Betty viveu uma vida longa, teve três filhos e sete netos e morreu aos 74 anos, em 24 de novembro de 1999. Apesar de o acidente ter ocorrido há quase 80 anos, ele manteve o posto da maior queda de elevador com sobreviventes da história.