UE confirma abertura de negociação para adesão de Ucrânia e Moldávia

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1. Europa vai iniciar negociações para incluir Ucrânia e Moldávia à UE. A decisão foi validada nesta sexta em uma reunião de ministros da Economia dos 27 países da União Europeia. As discussões para a adesão serão lançadas oficialmente na próxima terça-feira, informou a presidência belga do Conselho da UE. O bloco já havia concedido, em 2022, logo após a invasão russa da Ucrânia, o estatuto de candidato à adesão a essas duas ex-repúblicas soviéticas. A Hungria, pró-Rússia, estava freando a abertura formal de negociações com a Ucrânia, estimando que o país não reunia condições às prévias para ingressar na UE. No momento em que a Rússia amplia a ofensiva na Ucrânia e que a ajuda militar ocidental chega a conta-gotas, esse engajamento europeu é importante para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, escreve o Le Monde.

2. EUA e Benjamin Netanyahu trocam farpas em público. Em um vídeo, o premiê israelense chamou de "inconcebível" a demora da Casa Branca para enviar armas a Israel, incluindo um carregamento de bombas pesadas que Washington suspendeu sob a alegação de que poderiam ser usadas em áreas densamente povoadas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Os EUA reagiram, afirmando que os comentários de Netanyahu são "profundamente decepcionantes" e declararam que nenhum outro país ajuda tanto Israel a se defender quanto os Estados Unidos. Pressionado pelo governo americano, Netanyahu também enfrenta uma crise com o exército israelense. O porta-voz das Forças Armadas declarou que pretender que o Hamas seja destruído é passar uma ideia enganosa à opinião pública.

3. Maduro assina acordo para respeitar resultado da eleição, mas documento não inclui oposição. O texto não foi endossado por Edmundo González Urrutia, que chamou o compromisso de imposição unilateral e voltou a lançar dúvidas sobre a transparência da votação de 28 de julho. Os oito candidatos que firmaram o acordo com Nicolás Maduro, que busca a reeleição, são vistos como colaboradores do regime por críticos do presidente. O documento foi divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral, considerado próximo do chavismo. Foi esse órgão que revogou, em maio, o convite feito a observadores da União Europeia para acompanhar o processo eleitoral. O acordo prevê o reconhecimento desse conselho como única autoridade competente para supervisionar as eleições.

4. OMS alerta sobre Ozempic falsificado. O aviso da Organização Mundial da Saúde engloba lotes falsos do remédio identificados no Brasil, no Reino Unido, na Irlanda do Norte e nos EUA. O Ozempic é usado no tratamento da diabetes e para perda de peso. Segundo a OMS, as falsas injeções podem conter outros medicamentos, como insulina, em vez da semaglutida, princípio ativo do Ozempic, o que pode provocar efeitos colaterais imprevisíveis. A organização recomenda que as pessoas não comprem remédios em redes sociais ou sites desconhecidos.

5. Medicamento contra HIV tem 100% de eficácia em testes com humanos. O Lenacapavir, remédio injetável do laboratório americano Gilead, conseguiu prevenir a Aids em mais de duas mulheres que participaram de um estudo em fase avançada de testes. É a primeira vez que um medicamento contra o vírus da Aids não revelou qualquer infecção em um ensaio de fase três. Antes de solicitar a aprovação para a autoridade de saúde dos EUA, a Gilead precisará reproduzir esses resultados. Um outro estudo com homens homossexuais está em andamento. Se os resultados forem promissores, o Lenacapavir poderá ser comercializado a partir do final de 2025.

Deu no The New York Times: "Legislativas na França se tornam um pesadelo para os judeus do país". O estupro coletivo de uma garota judia de 12 anos - cometido por menores que proferiram insultos antissemitas durante a agressão - chocou a França e incendiou o clima político do país, escreve o jornal. Esse drama relançou o debate entre a extrema direita de Marine Le Pen e a extrema esquerda, que vem sendo apontada como antissemita em razão de seu posicionamento pró-palestino e seus comentários sobre o "genocídio israelense" em Gaza. O Reunião Nacional de Le Pen era historicamente, na época de seu pai, que o fundou, um partido antissemita. Mas desde os ataques do Hamas, ela se tornou uma das mais fortes apoiadoras de Israel e dos judeus franceses. O RN retirou na quarta as candidaturas de dois membros que fizeram comentários antissemitas nas redes sociais. Leia mais.

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