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Biden tem desempenho hesitante em debate e deixa democratas em pânico

Imagem: REUTERS/Brian Snyder

Daniela Fernandes

28/06/2024 09h08

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1. Desempenho de Biden em debate com Trump deixa democratas em pânico. Visivelmente cansado, com voz rouca e dificuldades para seguir linhas de raciocínio, o presidente Joe Biden não conseguiu tranquilizar seus partidários sobre sua idade, 81 anos, e sua capacidade para levar a campanha adiante. A vice-presidente Kamala Harris admitiu que o início do debate foi laborioso, mas acrescentou que apesar de Biden ter demonstrado lentidão no começo, ele finalizou o duelo com força. A plataforma Semafor escreve que o presidente ganhou algum fôlego à medida que a discussão avançava, fazendo críticas ao caráter e aos valores de Donald Trump, mas ressalta que "o estrago já estava feito." Trump apareceu mais combativo e provocador, "multiplicando, como de costume, suas mentiras", diz o Le Monde. O debate não detalhou propostas de governo e teve vários ataques pessoais e insultos.

2. Extrema direita pode conquistar maioria absoluta no parlamento francês. A dois dias do primeiro turno das eleições legislativas antecipadas, pesquisa Ifop mostra que o Reunião Nacional de Marine Le Pen lidera as intenções de voto com 36%, seguido pela aliança de esquerda Nova Frente Popular, com 29%, enquanto o campo do presidente Emmanuel Macron obtém apenas 21% das preferências e corre o risco de perder até dois terços dos atuais 250 assentos. O instituto Elabe indica que o Reunião Nacional e seus aliados - parte da direita republicana que migrou para a ultradireita - podem conquistar as 289 cadeiras necessárias para a maioria absoluta, o que levará o partido de Le Pen, fundado há mais de 50 anos, pela primeira vez ao governo da França.

3. Irã vai às urnas hoje escolher entre um moderado e dois conservadores. Analistas estimam que o progressista Masoud Pezeshkian, um cirurgião cardíaco que defende uma maior abertura com o Ocidente, só foi incluído na lista de candidatos para dar um verniz de legitimidade às eleições, convocadas após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero. E sobretudo para incitar os iranianos a votar. Raisi foi eleito com o menor comparecimento da história, pouco menos de 49%. Pesquisas preveem uma taxa de participação de cerca de 50% com uma disputa acirrada entre o moderado e dois conservadores - o presidente do parlamento e um ex-negociador do programa nuclear - com vantagem para Pezeshkian, afirma a BBC.

4. Congresso argentino aprova pacote de reformas de Milei. Essa foi a votação final, após meses de discussões que reduziram as medidas inicialmente propostas. Os deputados validaram as modificações feitas pelo Senado na chamada "Lei de Bases." O pacote prevê desregulamentações, privatizações e abertura da economia que, na visão de analistas, devem provocar um duro golpe nas pequenas e médias empresas do país. A lei também dá poderes ampliados ao presidente da República. A Argentina está em recessão e enfrenta uma inflação anual de 280%.

5. Arce nega ter armado tentativa de golpe na Bolívia. O general que liderou o levante militar, Juan José Zúñiga, ex-comandante do exército, afirmou ter agido a pedido do presidente Luis Arce, que queria ganhar popularidade. Em sua primeira aparição desde a noite de quarta-feira, Arce declarou que o general agiu por conta própria. O governo boliviano anunciou a prisão de 17 suspeitos. Zúñiga e o ex-comandante da Marinha, Juan Arnez, acusados de liderar a ação, podem pegar até 20 anos de prisão por terrorismo e rebelião armada.

Deu no Financial Times: "A ascensão e a queda fulgurantes do presidente Macron". O jornal escreve que desde a sua primeira vitória, em 2017, as realizações do presidente francês, Emmanuel Macron, pareciam incontestáveis. A França tem o menor nível de desemprego em 15 anos e passou a atrair mais investimentos internacionais. Os primeiros sinais da impopularidade do presidente surgiram com os protestos dos coletes amarelos, em 2018. O projeto de Macron também era barrar a extrema direita de Le Pen. Mas sete anos após assumir o poder, o Reunião Nacional de Le Pen nunca esteve tão perto de chegar ao governo como nas eleições legislativas que começam neste domingo. Sinal da queda de Macron, seu rosto não aparece no material de campanha de seu movimento. Leia mais.

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