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Extrema direita vence 1° turno na França em votação com forte participação

Marine Le Pen , líder da extrema direita francesa Imagem: Yves Herman / Reuters

Daniela Fernandes

01/07/2024 09h27

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1. Extrema direita vence 1° turno na França pela primeira vez na história. Segundo o Ministério do Interior, o partido Reunião Nacional de Marine Le Pen obteve 33%. A Nova Frente Popular, aliança de esquerda, conquistou 28%, e o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron atingiu 20,8%. A direita moderada teve 10,7%. O comparecimento às urnas foi de quase 67%, a maior taxa em 40 anos. Há um recorde de distritos onde mais de dois candidatos conseguiram ir para o segundo turno: 306 dos 577. As discussões atuais são sobre as desistências dos terceiros colocados para barrar a direita radical, que tem chances de alcançar a maioria absoluta. A esquerda informou que sairá da disputa em todos os distritos onde está em terceiro lugar. Macron pediu uma ampla união democrata e republicana.

2. Para 72% dos americanos, Biden deveria desistir da candidatura, diz pesquisa. Após o criticado desempenho do presidente americano no debate contra Donald Trump na quinta-feira, no qual ele teve uma performance confusa em vários momentos, levantamento da CBS/YouGov aponta que a principal razão para Biden deixar a corrida à Casa Branca é a sua idade, tema que ganhou destaque na campanha. Há um aumento de nove pontos percentuais dos que preferem que ele abandone a disputa na comparação com fevereiro. Apenas 27% acham que ele tem saúde mental e cognitiva para se manter no cargo. Entre os apoiadores do partido democrata, 45% afirmam que ele deveria desistir, um aumento de 10 pontos sobre o início do ano.

3. Steve Bannon começa a cumprir pena de prisão hoje. A Suprema Corte americana rejeitou na sexta-feira um novo recurso para anular a sentença de quatro meses de detenção emitida contra o ex-conselheiro de Donald Trump por desacato ao Congresso. Bannon se recusou a cumprir uma intimação para depor a um comitê que investigava o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021. A última tentativa para o guru da extrema direita evitar a prisão a partir desta segunda-feira foi feita por vários deputados republicanos, incluindo o presidente da Câmara, Mike Johnson, que acionaram a Suprema Corte para tentar anular a condenação. Bannon deverá se apresentar a um presídio do Connecticut.

4. Milhares de ultraortodoxos protestam em Jerusalém contra o alistamento obrigatório. Houve fortes confrontos com a polícia. A manifestação ocorre após a decisão histórica da Suprema Corte de Israel na semana passada que ordenou ao governo recrutar estudantes religiosos, até então isentos de obrigações militares, para o exército. O tribunal também decidiu que o governo deve parar de financiar escolas religiosas que não cumpram a determinação. A medida da Justiça aumentou as tensões na coalizão do premiê Benjamin Netanyahu, que depende de dois partidos ultraortodoxos para se manter no poder.

Céu fica escuro em Barbados, enquanto o furacão Beryl se aproxima de Bridgetown. Ele é considerado perigoso pelo Centro Nacional de Furacões nos EUA Imagem: Chandan Khanna/AFP

5. Baixo comparecimento às urnas nas eleições no Irã reflete pessimismo sobre possibilidades de mudanças. É o que afirma o The New York Times sobre o primeiro turno da votação na sexta, que teve abstenção recorde de 60%, a maior desde a Revolução Islâmica de 1979. Para o jornal americano, os eleitores sinalizaram seu descontentamento com o sistema de governo influenciado por líderes religiosos. A disputa final no dia 5 será entre Masud Pezeshkian - um ex-ministro da Saúde reformista que defende maior abertura com o Ocidente - que liderou o primeiro turno com 42,5% dos votos, e o ultraconservador Said Jalil, ex-negociador do programa nuclear iraniano, que obteve 38,6%, e poderá contar com o apoio do terceiro colocado, também ultraconservador.

Deu no Le Figaro: "Essa transformação da extrema direita que Macron não soube ver". O jornal conservador escreve que os resultados do primeiro turno das legislativas na França mostram que o Reunião Nacional de Marine Le Pen, mudou radicalmente em termos sociológicos, se tornando mais representativo da população francesa. Entre 2007 e 2017, nos mandatos de Nicolas Sarkozy e François Hollande, o partido de Le Pen ganhou dez pontos percentuais. Em sete anos de Macron, o RN avançou o dobro. O projeto fundador do centrista Macron era acabar com a polarização direita-esquerda que bloqueava o país. Em 2024, a França nunca esteve tão fraturada, diz o Figaro. Leia mais.

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