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Categoria 5 e 270 km/h: veja as imagens do superpoderoso furacão Beryl

Furacão Beryl visto de imagens de satélite Imagem: Handout / NOAA/GOES / AFP

Do UOL*, em São Paulo

02/07/2024 16h42

O furacão Beryl, que está passando pelo sudeste do Caribe, está provocando ventos de até 270 km/h, segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões dos EUA). As previsões estimam que ele deve enfraquecer um pouco a caminho da Jamaica amanhã.

Imagens de satélites mostram a potência do Beryl. O Cira (Instituto Cooperativo de Pesquisa na Atmosfera, em tradução livre) designou o fenômeno como um furacão como categoria 5. É a primeira vez que um fenômeno do tipo chega ao Caribe em um mês de junho já com essa força. Antes da nova classificação, o olho do furacão devastou ontem Carriacou, uma ilha em Granada.

Veja imagens:

Furacão Beryl visto do Espaço nesta segunda (1) Imagem: International Space Station via X/via REUTERS
Imagem de satélite mostra potência de furacão sobre o Caribe Imagem: CSU/CIRA & NOAA)/via REUTERS

O que aconteceu

Furacão deixou rastro de destruição em várias ilhas, como a de Santa Lúcia Imagem: ST LUCIA WINDOW TINTING /ESN / AFP

Categoria 5. Por volta das 23h locais de ontem (meia-noite no horário de Brasília), o NHC elevou o Beryl à categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson, usada para descrever a intensidade do fenômeno. Isso corresponde a ventos de mais de 252 km/h e efeitos "potencialmente catastróficos".

Ventos a quase 270 km/h. Na manhã de hoje, em seu primeiro boletim do dia, o NHC afirmou que os ventos estavam aumentando para quase 270 km/h. Outro boletim determina que o Beryl deve "enfraquecer" ainda nesta terça-feira, mas o perigo permanece.

Irá para Jamaica e Ilhas Cayman. "O olho do Beryl continuará a se mover rapidamente pelo sudeste e centro do mar do Caribe na terça-feira e deve passar perto da Jamaica na quarta-feira e das Ilhas Cayman na quinta-feira", disse o NHC. Ele "ainda deve estar próximo da intensidade de um grande furacão", acrescentou a organização.

Carriacou foi arrasada. Os ventos atingiram até 240 km/h e, "em meia hora, Carriacou foi arrasada", disse o primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell, à imprensa. "O estado de emergência continua em vigor. Fiquem em casa", pediu ele no Facebook.

Em Barbados, casas e empresas foram inundadas. Além disso, barcos de pesca foram danificados em Bridgetown. "Parece que foi por pouco", disse o ministro do Interior e da Informação, Wilfred Abrahams, embora os ventos fortes ainda causem apreensão.

No arquipélago vizinho de São Vicente e Granadinas, o Beryl causou devastação. Lá, furacão causou pelo menos uma morte, de acordo com o primeiro-ministro Ralph Gonsalves. Ele ainda disse acreditar que pode haver mais vítimas, mas não há certeza. "90% das casas foram seriamente danificadas ou destruídas em uma das ilhas, onde o telhado do aeroporto foi arrancado", disse.

Crise climática

Fenômeno é considerado raro para início de temporada. Normalmente, os furacões ocorrem no início de junho até o final de novembro nos Estados Unidos. No final de maio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, a NOAA, previu uma temporada extraordinária, com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou mais.

La Niña pode ter influência na potência do furacão, mas aquecimento global também. As previsões do NOAA estão ligadas principalmente ao desenvolvimento esperado do fenômeno climático La Niña, bem como às temperaturas muito altas no oceano Atlântico. Há mais de um ano, as temperaturas no Atlântico Norte têm aumentado constantemente em níveis surpreendentes, bem acima dos recordes, de acordo com dados públicos do NOAA.

Está claro que a crise climática está levando os desastres a novos níveis recordes de destruição. (...) A crise climática está indo de mal a pior, e mais rápido do que o esperado. [Como resposta, é necessário] uma ação climática muito mais ambiciosa por parte dos governos e das empresas. Simon Stiell, chefe da ONU Clima cuja família em Carriacou é uma das vítimas

*Com informações da RFI e AFP

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