Eleição no Reino Unido deve encerrar 14 anos de domínio conservador
Daniela Fernandes
04/07/2024 09h14
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1. Eleições no Reino Unido hoje devem encerrar 14 anos de domínio do partido conservador. Os trabalhistas, liderados por Keir Starmer, tem 40% das intenções de voto, segundo pesquisas, e podem obter mais de 400 das 650 cadeiras da câmara baixa do parlamento. Projeções indicam que o Partido Conservador do premiê Rishi Sunak poderá salvar uma centena de assentos. O novo Reformista UK (partido de Nigel Farage, figura do pró-Brexit), que critica o governo conservador por não conseguir controlar a imigração, pode conquistar 16% dos votos e entrar no parlamento após sete tentativas frustradas.
2. Biden diz que não desistirá da corrida presidencial. A declaração foi feita pela porta-voz da Casa Branca. O presidente americano vem sofrendo pressões para abandonar a disputa após seu criticado desempenho no debate contra Donald Trump na semana passada. Segundo o The New York Times, Biden teria dito a um aliado que talvez não consiga salvar a candidatura à reeleição se não convencer os eleitores de que está apto para o cargo. A Casa Branca desmentiu a reportagem dizendo que a afirmação é falsa. Pesquisa do jornal divulgada na quarta aponta que Donald Trump ampliou sua vantagem. O republicano obteria 49% dos votos contra 43% do democrata.
3. Pesquisa indica que direita radical de Le Pen não terá maioria absoluta na França. No segundo turno no domingo, o partido Reunião Nacional de Marine Le Pen e seus aliados, lideram a votação, mas devem obter entre 190 e 220 cadeiras no parlamento, número distante das 289 necessárias, aponta levantamento da Toluna Harris Interactive. A Frente Popular, aliança dos principais partidos de esquerda, deve conquistar entre 159 e 183 assentos. O movimento do presidente Emmanuel Macron conseguiria evitar um desastre maior e passaria dos atuais 250 deputados para 110 a 135. Mais de 200 candidatos, principalmente da esquerda, desistiram do segundo turno para barrar o Reunião Nacional, ampliando as chances do rival da extrema direita.
4. Hezbollah afirma que lançou mais de 200 foguetes e drones hoje contra Israel. O movimento diz que os ataques são uma represália contra a morte, na quarta, de um importante comandante do grupo em um bombardeio no sul do Líbano. Ontem o Hezbollah já havia lançado uma centena de foguetes contra Israel. Em nota, o exército israelense informou que está bombardeando locais no sul do Líbano de onde são lançados projéteis e aparelhos aéreos suspeitos contra seu território.
5. Ata mostra que Fed espera mais sinais de queda da inflação antes de reduzir juros. No documento de sua última reunião de junho, publicado na quarta, autoridades do BC americano saudaram a diminuição da inflação, que atingiu a taxa de 3,4% anual, e apontaram vários sinais favoráveis para a continuidade dessa tendência, principalmente a desaceleração do aumento dos salários. Mas os responsáveis ressaltaram que indícios suplementares são necessários para ver se a inflação vai se aproximar de forma sustentável da meta de 2% antes de se comprometerem com cortes na taxa de juros.
Deu no El País: "Diálogo entre Maduro e EUA às vésperas das eleições na Venezuela provoca incertezas". O jornal espanhol afirma que o anúncio de Nicolás Maduro de retomar conversas com os Estados Unidos deixou muitos venezuelanos perplexos. A Casa Branca recebeu a oferta com frieza. A ideia mais difundida na Venezuela, diz o El País, é que o chavismo tenta, com essas novas discussões, dar legitimidade internacional às presidenciais no país em 28 de julho. Isso permitiria deduzir que Maduro está seguro de que vai vencer Edmundo González Urrutia, que substituiu a líder da oposição impedida de concorrer. Leia mais.