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Quase 70% dos eleitores republicanos acham que Deus salvou Trump de morte

Trump foi vítima de uma tentativa de assassinato durante um comício eleitoral na Pensilvânia Imagem: Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

16/07/2024 19h11

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (16) indicou que 65% dos eleitores republicanos acreditam que o ex-presidente Donald Trump sobreviveu ao atentado no último sábado (13) por "providência divina ou por vontade de Deus".

O que aconteceu

Entre os democratas, o percentual é bem menor: levantamento mostrou que apenas 11% acreditam que Trump foi favorecido por Deus. Dados são da pesquisa Reuters/Ipsos, que ouviu 1.202 adultos nos EUA, incluindo 992 eleitores registrados.

Atentado teve pouco impacto no cenário eleitoral, indica pesquisa. Dados mostram que candidato presidencial republicano tem uma vantagem entre os eleitores registrados - 43% a 41% - sobre os democratas dos EUA. Vantagem está dentro da margem de erro de três pontos percentuais da pesquisa, sugerindo que o atentado contra a vida de Trump não provocou uma grande mudança no sentimento dos eleitores, segundo a Reuters.

Violência preocupa eleitores. Cerca de 84% dos eleitores na sondagem disseram estar preocupados com a possibilidade de extremistas cometerem atos de violência após as eleições, um aumento em relação aos resultados de uma sondagem Reuters/Ipsos realizada em maio, que mostrou que 74% dos eleitores tinham esse medo.

Mais de 80% dos eleitores disseram concordar com a afirmação de que "o país está saindo do controle". Ao mesmo tempo, poucos declararam tolerar a violência na política. Apenas 5% dos entrevistados disseram que era aceitável que alguém do seu partido político cometa violência para atingir um objetivo político, abaixo dos 12% registados numa sondagem Reuters/Ipsos de junho de 2023.

Atentado contra Trump é investigado

Trump foi vítima de uma tentativa de assassinato durante um comício eleitoral na Pensilvânia.

O candidato discursava a apoiadores quando foi alvo de disparos. Nos vídeos que registraram o momento, é possível ouvir os tiros e, logo depois, Trump leva a mão à orelha e se abaixa. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correm para protegê-lo no palanque.

Imagens mostram que parte da orelha de Trump sangrou. Quando foi retirado do local por seguranças, o republicano ergueu o punho em direção à multidão. "Senti a bala rasgando a pele", escreveu Trump em uma rede social.

Duas pessoas morreram, sendo uma delas o atirador. De acordo com Anthony Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto, os disparos foram feitos de uma "posição elevada" fora do comício, e o atirador foi "neutralizado" por agentes.

O FBI diz que ataque está sendo investigado como um possível ato de terrorismo doméstico. A agência federal define terrorismo doméstico como atos dentro dos EUA que têm a intenção de intimidar, coagir civis ou influenciar políticas governamentais, segundo a agência de notícias Associated Press.

Caso já vinha sendo tratado como tentativa de homicídio. Na madrugada de domingo (14), o FBI já havia informado que o atentado está sendo investigado como tentativa de assassinato.

FBI suspeita que jovem tenha agido sozinho. Ainda não foi encontrado indicativo que outra pessoa teria atuado no atentado.

Quem era o atirador

Thomas Matthew Crooks, 20, foi identificado pelo FBI como o atirador Imagem: HANDOUT / AFP

Formado há dois anos. Crooks se formou na Escola Secundária Bethel Park em 2022, de acordo com relatos da imprensa local e um vídeo da cerimônia de formatura da escola visto pela CNN.

Ele estava registrado como eleitor republicano. A informação consta em um banco de dados de eleitores da Pensilvânia, onde a polícia encontrou seu nome, idade e endereço, segundo a emissora americana CNN. Isso não significa, contudo, que Crooks era necessariamente eleitor de Trump, uma vez que ser registrado em um partido específico nos EUA não te obriga a votar no candidato que o representa.

Jovem não levava documento quando foi morto pelo Serviço Secreto. O FBI precisou analisar seu DNA para obter a confirmação de sua identidade, explicou Kevin Rojek, agente especial encarregado do escritório de Pittsburgh. Os detalhes foram repassados durante uma entrevista coletiva.

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