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Trump e Biden ligam para família de homem morto em comício na Pensilvânia

Helen Comperatore (à esq.) reforçou o apoio a Trump e disse que não quis falar com o presidente Joe Biden Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

16/07/2024 11h28Atualizada em 16/07/2024 18h17

Donald Trump e Joe Biden, candidatos à presidência dos Estados Unidos, ligaram para a família de homem de 50 anos que morreu durante atentado em comício na Pensilvânia, no último sábado (13).

O que aconteceu

Dawn Comperatore Schafer informou que republicano ligou e conversou com a família. O conteúdo da conversa, no entanto, não foi divulgado pela família.

Presidente Biden ligou antes, mas não foi atendido. Helen Comperatore, mulher de Corey, contou mais cedo ao New York Post que o político democrata tentou contato com a família, mas ela não quis atender. "Não sou daquelas pessoas que se envolvem com política. Não tenho nenhuma má vontade com Biden. Ele não fez nada contra o meu marido. Um desgraçado de 20 anos fez."

Apoiadora de Trump repetiu que o marido foi um 'herói'. Segundo Helen, Corey morreu tentando proteger sua família dos tiros. "Ele disse: 'Se abaixem!'. Foi a última coisa que ele disse", lembrou. A história já havia sido divulgada anteriormente pelo governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, quando confirmou a identidade do bombeiro.

Helen também agradeceu pelas doações que a família recebeu. Até a noite de segunda-feira (15), a vaquinha organizada por um vizinho já havia arrecadado US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões, pela cotação atual). "As doações que estão chegando de toda a comunidade e de todo o país... É mais do que consigo imaginar, compreender. Mas ele merece tudo isso. Ele merece tudo", disse a viúva.

Eu não quis conversar com Biden. Não quis falar com ele. Meu marido era um republicano devoto e ele não gostaria que eu falasse com ele. (...) Ele [Biden] não fez nada contra o meu marido. Um desgraçado de 20 anos fez.
Helen Comperatore, em entrevista ao New York Post

Quem era o atirador

Atirador tinha 20 anos e morava em Bethel Park, na Pensilvânia. O distrito fica a cerca de 60 km ao sul do local onde acontecia o comício de Trump. Crooks se formou na Escola Secundária Bethel Park em 2022, de acordo com relatos da imprensa local e um vídeo da cerimônia de formatura da escola visto pela CNN.

Thomas Crooks estava registrado como eleitor republicano. A informação consta em um banco de dados de eleitores da Pensilvânia, onde a polícia encontrou seu nome, idade e endereço, segundo a CNN. Isso não significa, contudo, que Crooks era necessariamente eleitor de Trump, uma vez que ser registrado em um partido específico nos EUA não te obriga a votar no candidato que o representa.

Jovem não levava documentos quando foi morto pelo Serviço Secreto. O FBI (equivalente à Polícia Federal) precisou analisar seu DNA para obter a confirmação de sua identidade, explicou Kevin Rojek, agente especial encarregado do escritório de Pittsburgh. Os detalhes foram repassados durante uma entrevista coletiva.

Como foi o atentado

Trump discursava a apoiadores quando foi alvo de disparos. Nos vídeos que registraram o momento, é possível ouvir os tiros e, logo depois, Trump leva a mão à orelha e se abaixa. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correm para protegê-lo no palanque. O comício era realizado em Butler, no estado da Pensilvânia.

Imagens mostram que parte da orelha de Trump sangrou. Quando foi retirado do local por seguranças, o republicano ergueu o punho em direção à multidão. "Senti a bala rasgando a pele", escreveu Trump em uma rede social.

Duas pessoas morreram, sendo uma delas o atirador. O atentado está sendo investigado como possível ato de terrorismo doméstico. De acordo com Anthony Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto, os disparos foram feitos de uma "posição elevada" fora do comício, e o atirador foi "neutralizado" por agentes. Outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.

Presidente Lula (PT) classificou o episódio como 'inaceitável'. "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", publicou Lula no X (ex-Twitter).

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