Trump fala em 'milagre' após ataque em comício: 'Eu deveria estar morto'
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que "não deveria estar aqui" ao comentar sobre o atentado que sofreu no sábado (13), durante um comício na Pensilvânia. Em entrevista ao New York Post, o republicano definiu o ocorrido como "muito surreal" e falou até em "milagre". Trump teve apenas ferimentos na orelha direita, mas duas pessoas morreram — entre elas, o atirador.
O que aconteceu
Trump disse que estaria morto se não tivesse virado a cabeça. Naquele momento, o republicano tentava ler um gráfico com informações sobre imigrantes ilegais quando foi atingido. Segundo o New York Post, Trump usava um curativo grande na orelha durante a entrevista, mas sua equipe não permitiu que a reportagem tirasse fotos.
Mesmo ferido, ex-presidente queria continuar seu discurso. Ele foi impedido por agentes do Serviço Secreto, que disseram não ser seguro. Os oficiais também queriam levá-lo ao hospital. "Eu só queria continuar falando, mas tinha acabado de ser baleado", lembrou.
Ele elogiou o Serviço Secreto por 'abater' rapidamente o atirador. O autor dos disparos, posteriormente identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto com um tiro "bem no meio da testa", de acordo com Trump. "Eles [agentes] fizeram um trabalho fantástico. É muito surreal para todos nós".
Trump ainda comentou sobre o momento em que quis 'pegar os sapatos'. Um vídeo da transmissão do comício flagrou o momento em que o ex-presidente, já ferido, pediu aos agentes que o seguravam para que o deixassem pegar seus sapatos. "Os seguranças me acertaram tão forte que meus sapatos caíram, e meus sapatos são apertados", brincou.
No hospital, o médico disse que nunca viu nada assim. Ele chamou de milagre. (...) Eu não deveria estar aqui. Eu deveria estar morto.
Donald Trump, em entrevista ao New York Post
Como foi o atentado
Trump discursava a apoiadores quando foi alvo de disparos. Nos vídeos que registraram o momento, é possível ouvir os tiros e, logo depois, Trump leva a mão à orelha e se abaixa. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correm para protegê-lo no palanque. O comício era realizado em Butler, no estado da Pensilvânia.
Imagens mostram que parte da orelha de Trump sangrou. Quando foi retirado do local por seguranças, o republicano ergueu o punho em direção à multidão. "Senti a bala rasgando a pele", escreveu Trump em uma rede social.
Duas pessoas morreram, sendo uma delas o atirador. O atentado está sendo investigado como possível ato de terrorismo doméstico. De acordo com Anthony Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto, os disparos foram feitos de uma "posição elevada" fora do comício, e o atirador foi "neutralizado" por agentes. Outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.
Presidente Lula (PT) classificou o episódio como 'inaceitável'. "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", publicou Lula no X (ex-Twitter).
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