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Kamala consegue número necessário de delegados para ser candidata nos EUA

Imagem: Nathan Howard/REUTERS

Daniela Fernandes

Colaboração para o UOL, em Paris

23/07/2024 09h21

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1. Kamala Harris já tem apoio necessário para ser candidata. Segundo pesquisa da Associated Press, a vice-presidente dos Estados Unidos já reuniu quase 2,6 mil delegados, bem mais do que os 1.976 necessários para a nomeação. O apoio é informal e só valerá quando for oficializado em votação, o que deve acontecer na primeira semana de agosto, diz o The New York Times. Kamala recebeu ontem o apoio da ex-presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, e de outros congressistas e governadores. Sua campanha levantou US$ 81 milhões em 24 horas. Em pesquisa da Morning Consult após a desistência de Joe Biden, ela aparece tecnicamente empatada com Donald Trump: o republicano reúne 47% das intenções de voto e Kamala 45%.

2. Hamas, Fatah e outras facções palestinas assinam acordo que prevê governo único. As negociações ocorreram com mediação da China. A declaração de reconciliação após anos de divisões foi feita durante um encontro em Pequim que reuniu 14 movimentos palestinos. Segundo o governo chinês, o documento prevê a formação de um "governo interino de reconciliação nacional" na Faixa de Gaza após o fim da guerra na região. Em 2007, o Hamas expulsou a Autoridade Palestina, dirigida pelo Fatah, da Faixa de Gaza, em um conflito que deixou centenas de mortos.

3. Maduro diz que vai vencer as eleições e que "não quer show nem choradeira". Em comício, o presidente venezuelano afirmou que tem o apoio das Forças Armadas, que "já sabe o final do filme" e que a oposição terá de respeitar os resultados. Na semana passada, Nicolás Maduro havia dito que o país poderia enfrentar "um banho de sangue" e uma guerra civil caso ele não seja reeleito em 28 de julho. O presidente Lula disse ter ficado "assustado" com a declaração e afirmou que Maduro precisa respeitar a eleição. Celso Amorim, assessor especial da presidência, viajará à Venezuela como observador da votação. A oposição tem 60% das intenções de voto, segundo pesquisas.

4. Serviço secreto "fracassou" em proteger Trump, admite diretora do órgão. Em uma audiência na Câmara dos Deputados, Kimberly Cheatle declarou que o atentado contra Donald Trump em um comício na Pensilvânia no dia 13 foi a "maior falha operacional do serviço secreto em décadas". Congressistas republicanos e democratas pediram sua demissão, mas ela descartou renunciar ao cargo. Ela também se recusou a responder perguntas específicas dos deputados sobre o ataque, alegando que o caso ainda está sob investigação. A diretora declarou apenas que antes do atirador disparar, o serviço secreto foi alertado "de duas a cinco vezes" sobre um indivíduo suspeito no comício, mas ele não foi classificado imediatamente como uma ameaça.

5. Avanço de incêndios florestais deixa o oeste dos EUA em alerta. Somente na Califórnia, bombeiros tentam controlar mais de 20 incêndios, segundo informações oficiais. Em duas localidades do condado de Riverside a população teve de ser retirada. O fogo se alastrou por uma área de cerca de oito quilômetros quadrados. Em Oregon, outros cerca de 20 incêndios também avançavam em meio à onda de calor que assola a região. Mais de 30 milhões de americanos têm enfrentado temperaturas que ultrapassam 40°C em estados como Califórnia, Nevada, Arizona e Oregon.

Deu no The New York Times: "Se Kamala for nomeada, ainda não será fácil vencer Trump". O jornal afirma que a dificuldade não é apenas por conta da impopularidade da vice-presidente, que tem agora todas as chances de ser a candidata democrata. Há também um cansaço da opinião pública ligado às políticas da esquerda que esteve no poder durante 12 dos últimos 16 anos. Os democratas estariam iludidos se pensassem que o atraso de Joe Biden nas pesquisas é devido à sua idade, diz o analista de política do jornal. E eles se apoiam nisso para acreditar que basta propor um rosto novo e conduzir uma campanha a favor do direito ao aborto e da democracia para manter o poder. Pesquisas apontam que a maioria dos eleitores pensa que o sistema econômico e político do país está quebrado e que eles buscam mudanças. Leia mais.

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