Em carta, esposa de Biden agradece apoio e diz que agora 'é hora de Kamala'
Colaboração para o UOL, em São Paulo
25/07/2024 08h31
Jill Biden, esposa de Joe Biden, agradeceu aos norte-americanos pelo apoio e a confiança depositados em seu marido, que desistiu da reeleição à presidência dos Estados Unidos, e endossou a candidatura de Kamala Harris.
O que aconteceu
Em carta escrita à mão divulgada à imprensa, Jill que seu coração "está cheio de gratidão" por aqueles que estiveram ao lado de Biden. "Para aqueles que nunca vacilaram, que se recusaram a duvidar e que sempre acreditaram, meu coração é só gratidão", diz a primeira-dama.
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Assim como Biden, Jill demonstrou apoio à vice-presidente Kamala, favorita a ser o nome do partido Democrata na corrida pela Casa Branca. "Obrigada pela confiança que vocês depositaram em Biden, mas agora é a hora de depositar essa confiança em Kamala", completou.
Discurso de Biden
Jill Biden divulgou a carta pouco tempo depois de seu marido fazer um anúncio à população em que confirmou sua desistência do pleito, mas reiterou que concluirá seu mandato. No pronunciamento, o democrata justificou os motivos que o levou a desistir da candidatura à reeleição. Ele pediu união ao país e ao seu partido e garantiu que irá seguir com o seu mandato até o fim.
Decidi que o melhor caminho a seguir é passar a tocha para uma nova geração. Essa é a melhor maneira de unir a nossa nação. Há um lugar e um tempo para isso. Há um tempo para seguir a vida pública. E há tempo também para vozes frescas, vozes mais jovens. Esse lugar, esse tempo, é agora. Nos próximos seis meses, estarei focado em seguir o meu trabalho como presidente.
Presidente Joe Biden em pronunciamento à Nação
Biden anunciou a desistência em carta publicada nas redes sociais. O presidente foi pressionado por aliados e doadores de campanha após desempenho de Biden frente ao rival, o republicano Donald Trump, em debate da CNN, em junho. Na carta, Biden declarou o seu apoio a Kamala Harris para ser candidata às eleições americanas em seu lugar pelo partido Democrata.
O chefe da Casa Branca não citou o nome de Trump, mas, em entrelinhas, afirmou: "A grande coisa sobre a América é que aqui, reis e ditadores não governam. O povo governa. A história está em suas mãos. O poder está em suas mãos (...) A América tem de escolher entre seguir em frente ou voltar para trás. Entre esperança ou ódio. Entre união e divisão. Temos de decidir se ainda acreditamos em honestidade, decência, respeito, liberdade, justiça, democracia."
E, na sequência, elogiou Kamala Harris: "Em apenas alguns meses, o povo americano escolherá o curso do futuro da América. Fiz minha escolha. Deixei minhas opiniões conhecidas. Quero agradecer à nossa grande vice-presidente Kamala Harris. Ela é experiente. Ela é forte, é capaz. Ela tem sido uma parceira incrível para mim e líder do nosso país. Agora a escolha é sua, do povo americano: vocês fazem essa escolha."