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EUA: Homem é condenado após se matricular em escola para abusar de meninas

Zachary Scheiss, de 27 anos, fingiu ser adolescente para aliciar meninas Imagem: Reprodução/1011News

Do UOL, em São Paulo

16/09/2024 16h23Atualizada em 16/09/2024 16h23

Zachary Scheich, de 27 anos, foi condenado a 120 anos de prisão após se matricular em uma escola para explorar meninas adolescentes.

O que aconteceu

Scheich frequentou escola por 54 dias, entre 2022 e 2023. O homem voltou à Lincoln Northwest High School, escola em que se formou em 2015, se passando por um adolescente. O objetivo dele seria fazer amizade com meninas de 13 anos e cometer abuso sexual, de acordo com informações do Washington Post.

Adulto explorou meninas por Snapchat. Segundo o processo, o réu flertava, pedia contato sexual e até oferecia pagar por imagens explícitas das vítimas enviadas pela rede social. Ele chegou a conhecer pais de algumas das vítimas, que estranharam e pediram a abertura de investigações contra ele.

Magro e baixo, Scheich passou facilmente por adolescente. Segundo a polícia de Nebraska, o homem media 1,62 m e conseguiu se misturar com tranquilidade entre os alunos. Ele foi sentenciado na última quarta-feira (11).

Homem foi condenado por três crimes. A Justiça de Nebraska o considerou culpado de abuso sexual, aliciamento infantil por comunicação eletrônica e gerar imagens sexualmente explícitas de crianças. Scheich se declarou culpado dos crimes, em um acordo que reduziu suas acusações de 15 para 5. Ele estará elegível para liberdade condicional em 40 anos.

Juíza justificou pena longa por número de vítimas e idades. "As crianças que você explorou não estavam preparadas para se proteger porque pensavam que você era igual a elas", disse Darla S. Ideus durante a declaração da sentença.

Promotora diz que "vida de vítimas foi inegavelmente alterada". Amber Schlote defendeu que as ações do homem na vida das meninas abusadas por ele causou faltas na escola, notas ruins, ansiedade, ridicularização, vergonha e desconfiança contra adultos.

Vítima disse sentir tanta vergonha que "não queria sair de casa". Em carta lida pela juíza, a vítima não identificada escreveu: "Eu deveria me sentir segura na escola, e não me sinto mais segura em um lugar como costumava me sentir. Sou tão cautelosa que qualquer um que tenta falar comigo ou me conhecer, eu me fecho. Eu nunca mais acredito no que alguém diz. Minha confiança está tão abalada, que mesmo se eu quisesse acreditar em alguém, eu não conseguiria."

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