Israel não quer invadir o Líbano, diz embaixador na ONU
Do UOL, em São Paulo*
24/09/2024 15h11Atualizada em 24/09/2024 18h53
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse nesta terça-feira (24) que o país "não deseja" invadir o Líbano em meio ao mais recente conflito entre os israelenses e o grupo extremista Hezbollah.
O que aconteceu
"Não desejamos iniciar qualquer tipo de invasão naquele território", disse Danon. O embaixador israelense acrescentou que o país tem "experiência" no Líbano.
O embaixador também disse a jornalistas que Israel está aberto a ideias para arrefecer o conflito. "Neste momento, há forças importantes tentando apresentar ideias e estamos abertos a isso", disse Dannon a jornalistas. "Não estamos ansiosos para iniciar qualquer invasão terrestre em qualquer lugar. Preferimos uma solução diplomática", destacou.
Danny Danon cobrou que o governo do Líbano pressione o Hezbollah. "Ainda achamos que não é tarde demais para o governo libanês, para o povo libanês, pressionar o Hezbollah a parar com sua agressão. Se eles não dispararem foguetes contra Israel, poderemos trazer os residentes de volta às suas comunidades, e é isso", afirmou.
Durante entrevista coletiva, o embaixador israelense também criticou o secretário-geral da ONU, António Guterres. "Quando o secretário-geral fala sobre a libertação dos nossos reféns, a assembleia fica em silêncio, mas quando fala sobre o sofrimento em Gaza recebe aplausos estrondosos", declarou o diplomata.
Bombardeio do Hezbollah
O movimento Hezbollah informou nesta terça que lançou dois ataques com dezenas de foguetes contra uma base militar no norte de Israel.
"Em defesa do Líbano e do seu povo", diz trecho do comunicado. Segundo o grupo, o ataque ocorreu na "base de Dado", perto de Safed, quartel-general do comando norte do Exército israelense, com um total de 90 foguetes.
Mais cedo, Israel anunciou que havia matado Ibrahim Muhammad Qabisi. Segundo o país governado por Netanyahu, um ataque aéreo em Beirute resultou na morte do comandante da força de mísseis e foguetes do Hezbollah.
*com informações da AFP, Reuters e Ansa