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Israel diz que interceptou míssil vindo do Iêmen; sirenes tocam em Tel Aviv

Populares gravaram o míssil que teria sido interceptado; Israel diz que ele foi disparado do Iêmen Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo*

26/09/2024 20h18Atualizada em 26/09/2024 20h53

As Forças de Defesa de Israel anunciaram na noite desta quinta-feira (horário de Brasília) ter interceptado um míssil disparado do Iêmen. Sirenes tocaram em Tel Aviv e em todo o centro de Israel.

O que aconteceu

Míssil foi interceptado pelo sistema de defesa aérea "Arrow", localizado fora do território israelense, disse o exército. Além das sirenes, explosões foram ouvidas e houve a queda de estilhaços depois que a interceptação foi realizada. O caso ocorre em meio a temores de uma guerra total no Oriente Médio devido aos bombardeios israelenses contra posições do Hezbollah no Líbano.

Populares gravaram e divulgaram nas redes sociais o míssil que teria sido interceptado (foto em destaque). Outros registros mostram pessoas no chão de ruas de Tel Aviv durante a ocorrência.

Milhares de cidadãos israelenses "correram" até abrigos depois das sirenes. Nas redes sociais, o exército divulgou um mapa de Israel com diversos pontos onde os cidadãos foram alertados para se deslocarem e se protegerem.

Uma jovem de 17 anos ficou ferida após ser atingida por um carro que parou no acostamento em meio a ocorrência. Ela está consciente e foi levada a um hospital local, informou o The Times of Israel. Outras 17 pessoas ficaram levemente feridas após caírem a caminho de abrigos ou por quadros de ansiedade.

Apesar da ocorrência, as forças israelenses disseram que, até o momento, não há alterações nas diretrizes de defesa.

Premiê israelense rejeita proposta de cessar-fogo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou proposta de cessar-fogo com o Hezbollah e ordenou que as tropas israelenses continuem os ataques no Líbano. O exército israelense continuará o combate no Líbano "com toda a força necessária", afirmou Netanyahu. As declarações de continuidade no conflito foram dadas após os governos dos Estados Unidos e da França pedirem um cessar-fogo de 21 dias por temerem uma escalada de tensões na região.

Israel afirmou que seu Exército vai "continuar os combates conforme planejado". "As notícias sobre um cessar-fogo estão incorretas. Esta é uma proposta dos EUA e da França que nem sequer foi respondida por Netanyahu. As notícias sobre supostas diretrizes de moderação no conflito no norte tampouco correspondem a realidade dos fatos", disse o governo israelense por meio de nota.

Netanyahu também garantiu que continuará a atacar Gaza, na guerra que se estende desde outubro do ano passado. "Os combates em Gaza vão continuar até que todos os objetivos da guerra sejam alcançados".

França e Estados Unidos são os países que lideram as negociações para o cessar-fogo e que mais têm pressionado Hezbollah e Israel em busca de soluções emergenciais para interromper a fase mais intensa dos confrontos. Os dois países, juntamente a seus aliados, fizeram um apelo na quarta-feira (25), às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, para um "cessar-fogo imediato" para que fosse dada "uma oportunidade à diplomacia".

O documento apresentado por EUA e França teve o apoio da União Europeia, Austrália, Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar.

(Com AFP e RFI)

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