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OPINIÃO

Disputa por Texas e Flórida deixa eleições americanas mais quente

A disputa no Texas e na Flórida nas eleições americanas Imagem: TixaNews

Josette Goulart

Da TixaNews

27/09/2024 10h35Atualizada em 27/09/2024 10h35

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Não, não será uma carta matinal sobre furacões (apesar de o Helene estar abalando a Flórida neste momento), mas sobre a corrida do Senado. Tão importante quanto ganhar a presidência, Trump e Kamala precisam ganhar o Senado. Sabe como é, lá não tem orçamento secreto. Tixa do céu, que cutucada, hein?

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Mas por que escolhi justamente hoje para falar deste assunto? Porque parece que bateu um certo desespero nos democratas e ele anunciaram ontem que vão fazer investimentos "multimilionários" em propaganda eleitoral no Texas e na Flórida para tentar eleger os candidatos a senadores nesses dois estados.

Texas e Flórida não são lugares que Kamala Harris vá ganhar a eleição, darling. Mesmo não sabendo nada de eleição americana, alguém imaginaria o Texas não elegendo Donald Trump? Mas eis que os candidatos democratas ao Senado estão com alguma chance de ganhar e por isso o dinheiro vai dar uma brotadinha por lá.

Qual a treta?

A treta é a seguinte: Os democratas hoje dominam o Senado americano com 51 cadeiras contra 49 dos republicanos. Mas no dia 5 de novembro, 34 senadores serão eleitos, desse total de 100 cadeiras. O problema é que os republicanos precisam virar apenas duas cadeiras para ter maioria e os democratas já perceberam que o senador de Montana pode não se reeleger. Por óbvio, o senador é democrata.

Para vocês terem uma ideia de como a história de Montana é complicada, o tal senador, Jon Tester, sequer bota a Kamala nas suas placas de campanha. O Tester já se elege senador há uns 18 anos, mas Montana, que já foi azul agora é essencialmente vermelha (lembrando sempre que lá nos Estados Unidos quem é vermelho é o Trump. Ele não era laranja, Tixa? Darling, você entendeu).

A mudança começou na eleição de Obama, quando ele perdeu Montana por 3 pontos. Para se ter uma ideia de como o estado foi ficando mais vermelho, em 2020, Biden perdeu em Montana por uma diferença de 16 pontos. E agora isso está se refletindo na campanha do Tester. As pesquisas mostram que ele está atrás do candidato republicano.

As pesquisas (sempre)

O site de dados políticos 538 divulgou nesta semana sua média de pesquisas para o Senado e eles descobriram que surpreendentemente Flórida, Texas e Nebraska os senadores republicanos que estão tentando se reeleger lideram a corrida por menos de 5 pontos dos candidatos democratas. É uma surpresa porque a galera lá é vermelha. No Texas, Ted Cruz (ele é um republicano famosinho e é o homem da foto) só está 3 pontos na frente do candidato democrata.

Voltando para a corrida presidencial…

Domínio do medo

Trump segue com sua estratégia de espalhar o medo. Ele bota medo nas pessoas sobre como Kamala vai conduzir a economia e o medo da Terceira Guerra Mundial se ele não for eleito. Para mostrar que ele será o salvador do mundo, ontem ele disse que vai fazer um acordo nuclear com o Irã (depois de dizer que os iranianos é que estão tentando matá-lo) e decidiu se encontrar hoje com Zelensky. (Ele não ia se encontrar, mas agora que a Kamala tirou foto com o presidente da Ucrânia, ele também disse que vai falar com o gajo.)

Aquecimento nuclear

Em mais uma das suas coletivas, Trump provocou: "Você percebeu que eles nunca mais mencionam nada sobre meio ambiente?" Sim, Trump, percebemos. Aff.

Na sequência, Trump disse que o aquecimento com o qual temos que nos preocupar é com o aquecimento nuclear.

Prefeito de Nova York

Eis que pela primeira vez ever, um prefeito de Nova York é, durante o mandato, indiciado por acusações de suborno, fraude eletrônica e busca de doações ilegais de campanha de fontes estrangeiras. O nome dele é Eric Adams. Como o tal Eric é democrata, a conclusão que se chega é que Trump não poderá mais dizer que o Departamento de Justiça só persegue os republicanos.

Greve

Os trabalhadores portuários estão ameaçando uma greve nos portos ao longo das costas Leste e do Golfo. Isso significa que às vésperas das eleições a economia pode dar uma parada. Adivinha quem sai prejudicada com isso? Yes, darling, é a Kamala. Imagina de repente os preços subindo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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