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EUA executam prisioneiro por asfixia com gás nitrogênio

Alan Miller, 59, foi condenado por atirar em três colegas de trabalho até a morte em Pelham, Alabama, em 1999 Imagem: HANDOUT/AFP

Do UOL, em São Paulo

27/09/2024 10h52Atualizada em 27/09/2024 10h55

O Alabama executou na noite de quinta (26) um prisioneiro pelo método de asfixia por gás nitrogênio. O procedimento, considerado tortura pela ONU, foi aplicado pela primeira vez em janeiro.

O que aconteceu

Alan Eugene Miller, 59, foi colocado em uma maca com uma máscara amarrada em seu rosto, forçando a inalação do nitrogênio puro. Ele foi condenado à morte em 2000 após matar três colegas de trabalho em Pelham, no Alabama, por acreditar que estavam espalhando boatos sobre ele. Eles foram baleados várias vezes.

Defesa de Miller tentou argumentar que ele sofria um transtorno delirante, mostram documentos judiciais obtidos pela CNN. Mas um psiquiatra contratado pela defesa concluiu que sua doença mental não era grave o suficiente para ser usada como base para uma defesa de insanidade.

Jornalista relatou como foi o procedimento. Um repórter da Associated Press, que acompanhou a execução, disse que Miller sofreu tremores por cerca de dois minutos e continuou respirando por mais seis minutos antes da morte ser confirmada, às 18h38.

"Eu não fiz nada para estar aqui", disse Miller em suas últimas palavras, segundo a AP. Em comunicado, a governadora do Alabama, Kay Ivey, comemorou a execução. "A justiça foi finalmente feita para essas três vítimas. Seus atos não foram de insanidade, mas pura maldade".

Autoridades dizem que execução ocorreu como planejado. "Haverá movimentos corporais involuntários, pois o corpo está ficando sem oxigênio. Isso não é nada que não esperávamos", disse John Hamm, comissário do Departamento de Correções, em coletiva de imprensa.

Horas antes da execução, Miller recebeu nove visitas e fez sua última refeição: bife de hambúrguer, batata assada e batata frita, informaram as autoridades. O Alabama, Oklahoma e Mississippi são os três estados americanos que permitem as execuções por inalação de nitrogênio.

Estado tentou executar Miller em setembro de 2022 com injeção letal. O procedimento foi cancelado após 1h porque as enfermeiras não conseguiram achar a veia do prisioneiro.

Miller é o segundo prisioneiro a ser executado com gás nitrogênio. Em janeiro, Kenneth Eugene Smith foi morto pelo mesmo método de asfixia. Ele foi condenado em 1996 pelo assassinato de aluguel de uma mulher. A morte foi encomendado pelo marido.

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