Homem preso por nova tentativa de assassinato contra Trump diz ser apoiador
Vem Miller, de 49 anos, preso no domingo (13) por supostamente preparar um atentado contra a vida de Donald Trump, disse em entrevista à Fox News que apoia o candidato e que não tinha intenção de atirar nele.
O que aconteceu
"Sou 100% apoiador de Trump", disse o homem preso. Vem Miller afirmou também que "nunca atirou em sua vida", mas que "sempre viaja com suas armas de fogo na caçamba de sua caminhonete".
Miller defende que acesso de imprensa usado em comício era verdadeiro. Chad Bianco, xerife de Riverside, afirmou que o suspeito fingiu ser jornalista e, com uma credencial falsa, conseguiu atravessar os primeiros postos de controle, até levantar suspeita dos policiais. Suspeito disse que criou em 2022 o veículo "America Happens Network" para combater a "censura na mídia", e que participou do comício de Trump como representante do canal.
Homem afirma que comprou armas após ser ameaçado de morte. Ele diz que desde que criou seu canal, sofreu diversas ameaças e resolveu comprar armas, mas garante que "não sabe nada sobre armas".
Vem Miller foi preso ontem, mas pagou fiança e foi liberado. Ele disse ter desembolsado 5.000 dólares (cerca de R$ 27,9 mil) para sair da prisão. Por enquanto, nenhuma acusação federal foi apresentada contra ele.
Apesar de apoiar Trump, Miller nega ser de extrema direita. "É uma afirmação sem sentido", disse.
O governo é um objeto inanimado, são os indivíduos dentro do governo que importam, então não, eu não faço parte de nada disso. Eles estão dizendo que eu faço parte desses grupos antigovernamentais de direita? Por que eles não estão nomeando esses grupos? Porque isso não existe
Vem Miller
Miller ainda acusou a polícia de mentir sobre grupo extremista. O xerife Chad Bianco afirmou que no carro do suspeito foi encontrada uma credencial do grupo de extrema direita "Sovereign Citizens" (Cidadãos Soberanos, em inglês), o que ele nega. À Fox News, o homem disse que não conhece e nunca fez parte do movimento.
Caso ainda será investigado. O Serviço Secreto e o FBI assumiram a investigação do caso para checar uma possível motivação para um atentado e monitorar Miller.
Trump sofreu duas tentativas de assassinato neste ano
A primeira delas ocorreu em julho deste ano na Pensilvânia. Na ocasião, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, usou um fuzil de precisão para atirar no republicano, mas acertou somente a orelha de Trump de raspão, e foi morto pelo Serviço Secreto.
Já em setembro, Trump foi alvo de novo atentado em um campo de golfe. Ryan Wesley Routh foi interceptado pelo Serviço Secreto antes de disparar contra o ex-presidente.
*Com ANSA.