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Netanyahu demite ministro da Defesa de Israel e alega 'falta de confiança'

Yoav Gallant, agora ex-ministro da Defesa de Israel Imagem: JACQUELYN MARTIN - 16.out.2023/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/11/2024 15h31Atualizada em 05/11/2024 16h48

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, demitiu nesta terça-feira (5) o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant.

O que aconteceu

Netanyahu anunciou a saída de Gallant do posto, que agora será ocupado pelo atual ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz. As informações são do jornal The Times of Israel.

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Premiê alega "falta de confiança" em Gallant para continuar à frente da Defesa de Israel durante esse período de guerra. "Infelizmente, embora nos primeiros meses da guerra houvesse confiança e trabalho mútuo, nos últimos meses esta confiança entre mim e Gallant chegou ao fim", declarou Netanyahu em vídeo, conforme a imprensa israelense.

Benjamin diz que há divergências entre ele e Gallant referente a gestão das guerras travadas por Israel contra o Hamas, em Gaza, e o Hezbollah, no Líbano. O primeiro-ministro criticou decisões e declarações feitas pelo então ministro da Defesa, que estão em desacordo com seu gabinete.

Primeiro-ministro diz que os "inimigos de Israel" foram ajudados indiretamente por Gallant. Ainda, Netanyahu afirma que "a maioria dos membros" do governo concorda com sua decisão em demitir Gallant.

Após o anúncio da demissão, Gallant se manifestou publicamente. Em comunicado bastante conciso, ele afirmou que "a segurança do Estado de Israel sempre foi, e sempre será, a missão da minha vida".

Israel Katz, que chefias as Relações Exteriores, assumirá o comanda da Defesa israelense. Para o lugar de Katz, o primeiro-ministro nomeou Gideon Sa'ar.

Gallant é do mesmo partido que Netanyahu, o Likud, além de ser apontado como oponente interno do premiê. Embora tenha sido destituído do cargo, o agora ex-ministro da Defesa é considerado uma figura poderosa na legenda.

Reações à demissão de Gallant

A oposição a Netanyahu criticou a destituição do agora ex-chefe da Defesa. O presidente do partido The Democrats, Yair Lapid, classificou a decisão como "um ato de loucura" e pediu aos israelenses que "tomem as ruas" contra o primeiro-ministro. Benny Gantz, presidente da National Unity e ex-membro do gabinete de Netanyahu, acusa o premiê de fazer "política às custas da segurança nacional".

O grupo que representa as famílias dos reféns do Hamas criticou a decisão. Para o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas a demissão de Gallant "é uma prova infeliz de que as prioridades do governo são outras", e exigiu que o novo titular da Defesa se comprometa "com o fim da guerra e a concretização de um acordo para libertar os israelenses raptados" pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Centenas de pessoas começam a se reunir em Tel Aviv e Jerusalém para protestar contra a demissão de Yoav Gallant. De acordo com a mídia israelense, a polícia ergueu barricadas perto da residência de Benjamin Netanyahu em Jerusalém e fora da sede das Forças de Defesa de Israel em Tel Aviv.

Benjamin também ganhou apoio. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben GVir, afirmou que Israel "não vai conseguir alcançar a vitória absoluta" com Gallant no comando da Defesa.

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