Tornozeleiras monitoradas, pontos de abrigo: RJ explica segurança no G20

O governo do Rio de Janeiro detalhou nesta quinta-feira (14) o esquema de segurança montado para a Cúpula de Líderes do G20, que reunirá chefes de Estado dos 21 países-membros do grupo — como os presidentes do Brasil, Lula (PT), e dos Estados Unidos, Joe Biden — na capital fluminense nos dias 18 e 19 de novembro.

Mesmo antes do ato terrorista da noite de quarta (13) em Brasília, o Rio já estava sob o mais alto regime de segurança pública existente no país, a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que permite o uso de militares no serviço.

A missão maior é a proteção reputacional, ou seja, é a imagem do Brasil e do Rio de Janeiro. E as forças de segurança pública estão prontas para garantir o sucesso do evento.
Victor Santos, secretário de Segurança Pública do RJ

O que aconteceu

Comandantes de forças de segurança atuando no Rio concederam entrevista coletiva à imprensa no início desta tarde para explicar como está sendo o organizado o esforço de segurança durante o G20. Segundo o secretário Santos, em atividades de patrulhamento, haverá 15.500 policiais militares e mais de 570 viaturas da polícia, além de aeronaves, drones e cachorros treinados para detecão de explosivos, drogas e armas.

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) implantou um sistema de identificação, monitoramento e neutralização de drones na Marina da Glória. O sistema monitora um raio de 14 km, incluindo o aeroporto do Galeão, segundo Edu Guimarães, secretário do GSI. O sistema permite a identificação da localização das aeronaves e de seus pilotos, e permite a neutralização, fazendo que ela retorne ao seu local de referência ou ainda cortando o sinal de GPS e assim levando a um pouso forçando do drone.

A Polícia Militar atuará na segurança externa dos locais do evento, assim como na escolta de autoridades e na segurança de corredores estratégicos. Além do patrulhamento ordinário, serão usados também as tropas especiais, que ficarão à disposição caso haja necessidade.

Utilizaremos todos os nossos efetivos. É uma grande mobilização de recursos humanos
Marcelo Menezes, secretário de Polícia Militar do RJ

O batalhão tático de motociclistas da PM será usado na escolta das autoridades. Haverá uma central de escoltas coordenada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Todas as delegacias entre a Ilha do Governador e o Recreio dos Bandeirantes funcionarão como pontos de refúgio e abrigo caso haja alguma intercorrência no deslocamento de alguma comitiva, disse o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi. Áreas turísticas contarão com policiais bilíngues.

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A Subsecretaria de Inteligência do governo estadual está fazendo o monitoramento das redes sociais. Policiais especializados em crimes cibernéticos vêm trocando informações com Abin, PF e outros órgãos envolvidos.

Algumas comunidades terão policiamento reforçado, segundo necessidade que já havia sido detectada. Também serão mobilizados os batalhões especiais, como COE (Comando de Operações Especiais), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), o Batalhão de Choque e o Batalhão de Ações com Cães.

A Secretaria de Administração Penitenciária vai usar uma ferramenta de identificação de uso de aparelho celular, capaz de bloquear o sinal telefônico nos presídios. O dispositivo tem capacidade para identificar sinais de frequência 2G, 3G, 4G e 5G.

Também haverá esforço para identificar presos com tornozeleira eletrônica nos locais dos eventos do G20. Haverá ainda bases equipadas com câmeras de reconhecimento facial, que são capazes de identificar foragidos da Justiça.

O Rio está em um período de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) desde quarta (13). A medida foi determinada pelo presidente Lula (PT) e publicada no Diário Oficial da União na última sexta (8). As forças serão desmobilizadas em 21/11, depois de o último chefe de Estado participante do G20 deixar o Rio.

Esquema mantido

O Ministério das Relações Exteriores informou que o esquema de segurança planejado pelo governo federal para o G20 está mantido. No que cabe à pasta, os preparativos envolvendo a segurança do evento seguem conforme o planejado, de acordo com reportagem da Agência Brasil.

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